26.3.24

NISA, Branca e Alentejana (VI)

 
Nisa e o seu artesanato no olhar de uma jovem *
Maria de Lourdes Paralta acha que estes trabalhos também mereciam umas quadras e solta a sua veia poética (1).
“ Ó raparigas de Nisa-a-Nova
As vossas mãos valem ouro
Quem com vocês casar
Leva consigo um tesouro

Vocês fazem obras primas
Lindos cobertores bordados
Bonitas rendas de bilros
E os célebres alinhavados

O Centro de Artesanato Regional de Nisa trabalha para que a perfeição da arte aplicada à máquina se mantenha, e é com perfeição que nascem os inúmeros trabalhos em feltros tão bem divulgados.
Ana Maria de 36 anos trabalha desde os 14 anos nesta actividade, desde que saiu da escola. Portanto, há 22 anos que as suas mãos conhecem todos os pontos e as voltas que a tesoura dá.
Neste Centro podem ser adquiridas bases para copos, colchas, pegas, saias de camilha, cobertores, miudezas, marcadores para livros, jogos de coctail, almofadas para fixar as agulhas, as famosas saias vermelhas com o rameado preto (já referidas anteriormente) e é com esta peça de vestuário, juntamente com o xaile branco bordado que se forma o traje mais conhecido de Nisa, custando a saia dezassete contos e quinhentos. Para além desta saia, existem outras peças de vestuário normais como capas, saia e casaco.
A D. Ana Maria explicou-nos então o processo de realização de uma peça de feltro. Sobrepõem-se duas partes de tecido (feltro), alinhava-se o papel vegetal que contém o desenho, em cima dos tecidos, vai à máquina e coze-se por cima do desenho. Depois tiram-se os alinhavados assim como o papel vegetal e os restos deste, pois com a máquina de costura ao cozer, não saem. Recorta-se o tecido à volta da parte da máquina, tendo cuidado em não o cortar, caso contrário o trabalho fica danificado. É desta forma que temos uma peça feita. Pode ser feita uma pega em quinze minutos, enquanto que um cobertor ocupa dois ou três dias.
Neste centro todas as pessoas trabalham numa peça, tendo cada pessoa a sua função. Os preços variam e vão desde uma base para copos de centoe quarenta escudos a uma capa de trinta e cinco contos. Quanto às vendas, é conforme a estação doa no. No Verão vendem-se mais “miudezas"; no Inverno mais vestuário e camilhas.
Este artesanato também esteve patente em muitas exposições, entre elas, as do Casino Estoril e um pouco por todo o país, enviando mesmo peças para o estrangeiro.
Na revista “Casa Viva” e na televisão estes trabalhos já tiveram o seu “direito de antena”.
Nove horas diárias são ocupadas com os trabalhos em feltro, que se desaparecerem será triste, pois já são uma tradição muito antiga, mas mesmo assim a D. Ana Maria não aconselha esta actividade às filhas, o que quer realmente para elas é o estudo.
Vários prémios já foram alcançados por este Centro e se os receberam é porque os mereciam!
* Patrícia PortoFev. 1997
NOTA
(1)Paralta, Maria de LourdesMemorial em verso da notável Vila de Nisa, sua história, gentes, usos e costumes – Edição da autora, com o apoio da Câmara Municipal de Nisa e da Assembleia Distrital de Portalegre - 1982

MUSEU DO ALJUBE: Exposição "25 de Abril, Sempre!"

ENTRADA LIVRE
4 ABR 2024 - 31 JAN 2025
PISO O
INAUGURAÇÃO: 4 ABR - QUI, 16H - 18H
25 de Abril SEMPRE!
No momento em que celebramos os 50 anos do 25 de Abril, esta exposição convida a refletir sobre o que conquistámos.
Estamos a usufruir e a defender esses direitos? Surgiram novos? Perderam-se outros? O que está por conquistar?
Uma viagem pelas resistências desde o 25 de Abril de 1974 até aos nossos dias para sonharmos juntos o futuro em democracia.
Neste antigo parlatório de uma das prisões privativas da PIDE, convidamos à reflexão sobre resistências e também sobre preservação, construção e partilha de memória democrática.
Ficha Técnica
Curadoria: Rita Rato
Apoio à curadoria: Sofia T. C. Gomes
Investigação: Rita Rato
Design Gráfico: Joana& Mariana
Design Expositivo: Soraia Gomes Teixeira com Joana& Mariana
Sonoplastia: Ana Dias
Produção: Joana Alves, Ana Reguino
Comunicação: Eduardo Ferreira, Joana Alves, Sara Borralho
Apoio: Arquivo CGTP-IN - Arquivo Municipal de Lisboa - Hemeroteca Municipal de Lisboa


25.3.24

MONTARGIL: Apreensão de máquina de jogo ilegal

O Comando Territorial de Portalegre, através do Posto Territorial de Montargil, no dia 21 de março, constituiu arguida uma mulher de 53 anos e apreendeu uma máquina de jogo ilegal, em Montargil.
No decorrer de uma fiscalização em estabelecimentos de restauração e bebidas, os militares da Guarda detetaram a máquina de jogo ilegal, vulgarmente denominada por “slot machine”, a qual foi apreendida.
A responsável pelo estabelecimento, a mulher de 53 anos, foi constituída arguida e os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Ponte de Sor.
A GNR relembra que a dependência no jogo é reconhecida como uma patologia, sendo necessário estar alerta aos sinais que revelem a adição do jogador, pois é comum que aqueles que sofrem desta adicção ponham em risco o seu trabalho, contraiam grandes dívidas, acabando por inviabilizar a sua interação com a sociedade, e adotem um comportamento autodestrutivo. É por este motivo, fundamental, uma fiscalização contínua e presente neste âmbito, de forma a sinalizar as pessoas com esta dependência, e punir quem utiliza e explora, de forma descontrolada e dissimulada, este tipo de equipamentos, ou promove jogos de fortuna ou azar.


ALTER DO CHÃO: Concertos da Orquestra Sinfónica Portuguesa e Coro do teatro Nacional de S. Carlos

Já estão disponíveis os bilhetes para assistir ao Concerto da Orquestra Sinfónica Portuguesa, dia 5 de abril e ao Concerto do Coro Nacional do Teatro de São Carlos, dia 6 de abril, ambos pelas 21 horas, no Cineteatro Municipal de Alter do Chão.
Bilhetes disponíveis na Ticketline e no Posto de Turismo – Casa do Álamo, em Alter do Chão.
Bilhete para concerto da Orquestra Sinfónica Portuguesa – 10,00 €
Bilhete para concerto do Coro Nacional do Teatro de São Carlos – 10,00 €
Bilhete para os dois concertos – 15,00 €
Mais informações.
Telefone 245 610 004
Email comunicacao@cm-alter-chao.pt


NISA: Comunicado da CDU sobre a reunião da Câmara de 19 de março de 2024

 
Nisa em Festa e outros assuntos: o Vice-presidente nada disse.
1. Sobre diferentes cláusulas do Contrato Nº 21/2024 “Concerto Artista Internacional – Nisa em Festa 2024”, foram colocadas diferentes questões.
A 19 de março, questionado sobre o assunto, o Vice-presidente nada disse.
2. Após a discrepância de valores entre o orçamento inicial definido nas GOP 2024, página 6: https://www.cm-nisa.pt/.../doc.../2024/gop_2024.pdf
previsto para o Nisa em Festa (€199.000,00), e o orçamento definido transposto para a 1ª revisão do orçamento (por deliberações Nºs 22 e 23 de 6 de fevereiro de 2024), bem como a modificação aprovada pela maioria PS, que leva a uma dotação corrigida de €863.000,00, para já (ainda a procissão vai no adro), em Receita Própria, perguntou-se como é possível justificar tal discrepância e valor da despesa.
A 19 de março, questionado sobre o assunto, o Vice-presidente nada disse.
(Nota: As Modificações às GOP - PPI e AMR - não estão disponíveis na página do município, em nome da transparência...)
3. A CDU propôs, na sessão da Assembleia Municipal de 4 de dezembro a constituição de uma comissão responsável pela organização das comemorações do cinquentenário do 25 de abril de 1974, que integraria representantes das diferentes forças políticas representadas na Assembleia Municipal (um representante da mesa da Assembleia Municipal, um representante do executivo e um representante de cada uma das forças políticas representadas na Assembleia Municipal).
Mereceu voto CONTRA do PS. Justificação: que há um grupo de trabalho na CMNisa
a preparar as comemorações.
A 19 de março, questionado sobre o assunto, o Vice-presidente nada disse.
4. A presidente da Câmara de Nisa, Idalina Trindade, anunciou no dia 16 de junho de 2023, que o degradado complexo da Albergaria Penha do Tejo, junto à Barragem do Fratel, estaria em processo de aquisição por parte de um investidor estrangeiro.
A 19 de março, questionado sobre o assunto, o Vice-presidente nada disse.
Nisa, 21 de março de 2024
A Vereadora eleita pela Coligação Democrática Unitária
Fátima Dias 


24.3.24

ELVAS: Recuperação de um canídeo proveniente de Espanha

O Comando Territorial de Portalegre, através do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) e do Destacamento Territorial de Elvas, no dia 21 de março, recuperou um canídeo, no concelho de Elvas.
No âmbito de uma operação de fiscalização, os militares da Guarda abordaram uma viatura, tendo detetado no seu interior um canídeo. Confrontado pelos militares da Guarda, o proprietário da viatura alegou que o canídeo se encontrava perdido em Espanha, pelo que o havia trazido consigo para Portugal. No âmbito das diligências policiais foi efetuada a leitura do chip do animal, tendo sido possível detetar que o canídeo não pertencia ao proprietário da viatura.
Na sequência da ação, em cooperação com as autoridades espanholas foi possível entregar o animal ao seu legítimo proprietário, um cidadão de nacionalidade espanhola.
A Guarda Nacional Republicana, através do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), tem como preocupação diária a proteção dos animais, apelando à denúncia de eventuais situações de maus-tratos ou abandono. Para o efeito, poderá ser utilizada a Linha SOS Ambiente e Território (808 200 520), funcionando em permanência para a denúncia de infrações ou esclarecimento de dúvidas.

DESPORTO: O IX Trail “Terras do Sardão”, que decorrerá no Sardoal no dia 26 de maio, já tem inscrições abertas!

As mesmas podem ser feitas até 15 de maio em https://www.trilhoperdido.com/.../IX-Trail-Terras-do-Sardao
A prova será composta por dois trajetos de diferentes distâncias: Trail Longo (30 km); Trail Curto (17 km), contando ainda com uma Caminhada (10 km). 
Com organização deste Município, o Trail “Terras do Sardão” conta com a parceria de GDR Os Lagartos e com o envolvimento de diversas coletividades do Concelho, ao nível do controlo e apoio logístico ao longo do percurso.
Mais informações através dos tlfs. 961 079 966 ou 241 851 431 (setor de desporto) ou pelo email: trail.sardao@sapo.pt.

MEMÓRIA(S) -Páscoa/Nisa: Habitantes de Salavessa saíram à rua com chocalhos para assinalar ressurreição (2010)

 
– Cerca de uma centena de pessoas, naturais de Salavessa, no concelho de Nisa (Portalegre), percorreram hoje as principais artérias daquela aldeia alentejana, a tilintar um chocalho para assinalar a ressurreição de Jesus Cristo.
“É uma tradição muito antiga que esteve parada algum tempo e que foi recuperada há poucos anos por um grupo de jovens aqui da terra”, disse à agência Lusa Júlio Correia, um dos populares que participou na “Chocalhada de Páscoa”.
De acordo com este septuagenário, “os antigos” habitantes da aldeia criaram aquela tradição, mas “não há dados” que especifiquem o ano em que se começou a realizar.
Júlio Correia começou por explicar que os antigos habitantes de Salavessa, quando chegava a época da Quaresma, “ficavam de luto”.


“As senhoras tiravam os brincos, os homens deixavam crescer a barba e os que tinham gado tiravam os chocalhos aos animais”, recordou.
“Quando chegava ao dia da ressurreição a população ficava bastante alegre e começou a tocar nas ruas os chocalhos”, relembrou.
A manifestação de cariz pagã teve início junto ao largo da Igreja Matriz de Salavessa e terminou no mesmo local, cerca de uma hora depois.
“O percurso, no total, tem cerca de dois quilómetros”, disse à Lusa João Matos, da associação SalavessaViva, entidade que recuperou esta tradição.
Enquanto prosseguia todo aquele tilintar ensurdecedor que junta miúdos e graúdos, João Matos relembrou que a “Chocalhada” esteve “inativa” durante bastantes anos.
“Estamos satisfeitos por termos conseguido recuperar esta tradição”, disse.
Entre sons de chocalhos mais agudos e outros mais graves, João Matos disse ainda que esta iniciativa serve para “chamar à terra” os conterrâneos que partiram para outras paragens em busca de um futuro melhor.
Com pouco mais de cem habitantes, a aldeia de Salavessa, situada a poucos metros do rio Tejo, vive durante estes dias momentos de festa, onde a tradição, segundo os populares, será sempre recordada e cumprida.
* Lusa – sábado, 3 de Abril 2010
IMAGENS - Chocalhada 2018 - Mário Mendes

CICLISMO: Mais de uma década depois a Volta ao Alentejo regressou a NISA

Diz o povo que "não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe" e o regresso da Volta ao Alentejo a Nisa é bem a prova da verdade deste provérbio. "Varrida" durante anos das "preocupações" desportivas da actual maioria camarária, apenas e tão só, porque era iniciativa que vinha detrás, dos "outros" e era preciso ser "original", a mais importante prova de ciclismo do Alentejo regressa a um concelho onde as corridas de bicicleta tiveram sempre uma grande popularidade. A Câmara acabou, ao fim de tanto tempo e a contra-gosto, de vergar-se à realidade. 
Amanhã, domingo, dia 24 de Março, disputa-se a derradeira etapa da Volta ao Alentejo com partida de Nisa e chegada a Évora. O investimento feito pelo município para garantir o início de etapa é uma "gota de água", comparado com o orçamento verdadeiramente pornográfico, vergonhoso e violentador da realidade nacional que representa a contratação do anunciado músico estrangeiro por uma verba de mais de 220 mil euros.
Verba que daria para resolver muitas situações que carecem de solução, desde a melhoria da qualidade de água que é fornecida às povoações de Amieira do Tejo, Velada, Cacheiro e Chão da Velha, à reconstrução de edifícios em avançado estado de ruína, que proliferam um pouco por todo o concelho, garantindo uma melhor oferta no campo da habitação.
Por vezes, é preciso dar um passo atrás, para se poder dar dois à frente. A Câmara, ao reconhecer a justiça de um evento desportivo, que por teimosia, erradicou, durante anos, do seu calendário de actividades, pode agora, se tiver um mínimo de sensatez, retomar um outro evento desportivo, a nível internacional o NAOM - Norte Alentejano O Meeting (Orientação), que se iniciou, justamente, no concelho de Nisa, aqui trazendo centenas de atletas de toda a Europa, principalmente dos países nórdicos. Uma competição desportiva que a cegueira política menosprezou e eliminou do concelho, indo enriquecer concelhos vizinhos como Castelo de Vide, Crato, Marvão e Portalegre.
Como diz o povo: "nunca é tarde para amar" ou, mais simplesmente, para reconhecer os erros e retomar o caminho que se tome por justo e sustentável.

23.3.24

NISA: Férias Activas na Páscoa - Organização da União de Freguesias do Espírito Santo, Nª srª da Graça e S. Simão

 

ESTREMOZ: Exposição "Aníbal Falcato Alves"

Integrada no Programa Comemorativo “50 anos em Liberdade: Comemorações do 50º aniversário da Revolução de Abril de 1974”, a Sala de Exposições Temporárias do Museu Municipal de Estremoz Prof. Joaquim Vermelho irá receber, de 23 de março a 2 de junho, a exposição “Aníbal Falcato Alves”.
Aníbal Falcato Alves nasceu em Estremoz, em 1921. Aos 10 anos começou a trabalhar como caixeiro, profissão que conservou durante 40 anos. Fez o curso de canteiro artístico. Em 1971, ingressou no ensino como professor de trabalhos manuais, profissão que abandonou em 1991. Autor de vasta e riquíssima obra sobre a cultura alentejana, que compreende recolhas gastronómicas e peças de artesanato em madeira e papel, realizou inúmeras exposições na região. Data de 1987 a sua primeira exposição individual, em Almada, no Grupo de Teatro Campolide; contando com mais de 30 exposições no país, entre individuais e coletivas. Fundador do Cine Clube de Estremoz, então um dos mais importantes do país, e do Círculo Cultural de Estremoz. Sócio da Sociedade de Belas Artes na altura do ressurgimento, bem como da Gravura e da Cooperativa Árvore, na sua fundação. Militante do PCP desde a década de 50, teve participação destacada na luta contra a ditadura fascista e integrou ativamente as campanhas do General Norton de Matos e Humberto Delgado. Faleceu em junho de 1994.
A inauguração decorrerá no sábado, dia 23 de março de 2024, pelas 16h00, no Museu Municipal de Estremoz.
Não perca! Visite!

SARDOAL: Recital de Harpa na Igreja Matriz Matriz

No âmbito do Programa Complementar da Semana Santa de Sardoal, a Igreja Matriz recebe, no Domingo de Páscoa, 31 de março, pelas 16 horas, um Recital de Harpa por Ana Ester Santos 
Ana Ester Santos começou os estudos de harpa no Orfeão de Leiria e concluiu a licenciatura em harpa no Conservatorium Van Amsterdam, tendo feito Erasmus na Hochschule für Musik “Hanns Eisler”, em Berlim. Foi academista na “Nederlands Philharmonisch Orkest” (2017/18) e tocou, entre outras, com a Orquestra Filarmónica Portuguesa, a “Neue-Philharmonie” de Berlim e a Orquestra do Estágio Gulbenkian 2018. Ana Ester Santos foi premiada no “Rosa Spier Concluir” na Holanda em 2016 e recebeu uma bolsa da Fundação holandesa “Nationaal Muziek Fonds”. De momento está a completar o mestrado em performance em orquestra no Conservatorium Van Amsterdam.
O Recital de Harpa tem entrada livre.

22.3.24

NISA, Branca e Alentejana (V)

Nisa e o seu artesanato no olhar de uma jovem *
Lenços e sacos de guardanapos são confeccionados com o bordado de lagarteira. A linha é de seda, podendo ser outra. O desenho escolhido para bordar foram as letras do alfabeto. Para bordar estes lenços de mil escudos e os sacos de guardanapos de dois mil escudos, o bastidor é imprescindível. Bastidor é uma roda de madeira que estica o pano e é assim que está pronto para se bordar. A contornar estas peças é utilizada uma renda industrial, que se fosse feita, o trabalho era a dobrar.
Os famosos xailes bordados, com a sua beleza são uma das peças do traje de Nisa. São pretos e brancos. Estes só se vêm no Carnaval com a respectiva saia de feltro vermelha, com um rameado preto em toda a volta da saia, também em feltro. Os xailes pretos já são usados em qualquer altura, mas mais à noite.
Para bordá-los é necessário o tecido em forma de quadrado, que cortado ao meio (ficando em forma de triângulo) dá para dois xailes, linhas de bordar de uma a mais cores, agulha, tesoura, dedal, papel vegetal e papel químico.
Começa por riscar-se o desenho para o pano, através do papel vegetal para o químico e deste para o pano. Depois preenche-se o desenho através do ponto de cadeia. Quando o bordado estiver finalizado, faz-se o remate do xaile em lã com uma agulha de croché. Seguidamente fazem-se as lérias, sendo estas um croché, um cordão em linha. No meio das lérias (do cordão) fazem-se as franjas de rabinho de gato, têm este nome porque formam um certo relevo e são fofinhas tal como um rabinho de gato. Para se fazerem estas franjas, colocam-se quatro linhas de lã (que têm pouco mais de um centímetro) no meio de um léria, continuando a fazer o mesmo na léria e nas outras.
Os xailes pretos fazem-se precisamente da mesma forma, só que as franjas são de compra, vindas de Lisboa.
Para fazer esta arte, a D. Antónia Polido diz-nos que se aprende em mês e meio ou dois meses, sendo precisamente dois meses o tempo necessário para executar um xaile bordado.
Vendem-se bem, principalmente para o Carnaval, as encomendas são muitas, mas as mãos limpas como nos alinhavados é um cuidado a ter tal como noutro bordado.
O preço de um xaile branco ou preto são 35 contos, dependendo por vezes dos ramos, mas este preço é o mais habitual.
Toda a vida a D. Antónia se lembra de se usarem estes xailes na vila de Nisa. Multicolores ou de uma cor só, estes xailes típicos desta vila chamam a atenção, só é pena não ser sempre Carnaval.
E já que estamos a falar de bordados, porque não falar dos lindos cobertores bordados que também fazem história?
Apesar de terem uma boa venda, assim como as encomendas, ocupam muitas horas e escusado será dizer que é um trabalho cansativo. Em dois meses pode aprender-se a bordar um cobertor, mas a D. Antónia diz que “em menos de um ano não se consegue fazer um”.
Estou a falar de cobertores que custam precisamente quinhentos contos, recebendo o grupo de alinhavados um prémio por um cobertor preto. A entrega do prémio foi em Lisboa no Centro de Emprego.
Para começar a bordar um cobertor são necessários dois metros e meio de feltro. De seguida elabora-se o desenho precisamente como nos xailes bordados, depois é pôr mãos à obra utilizando linhas de bordar. Não têm franja mas sim um picôt, sendo este um remate em croché a recortes em caseado.
Estes cobertores, assim como os xailes, sempre se fizeram em Nisa. A cama da noiva era de alinhavados, o cobertor era bordado e posto ao fundo da cama em forma de leque, como se pode observar nas exposições. Muitas pessoas em Nisa sabem bordar cobertores e xailes, mas como diz a frase: A tradição já não é o que era”.
Segue-se a arte aplicada à mão. Este trabalho não é designado por arte aplicada, mas sim por trabalhos em feltro, já que o material principal é o feltro, seguindo-se então as linhas para bordar.
Unem-se duas partes de feltro, alinhava-se o desenho (que está no papel vegetal) por cima e aplica-se à mão. As cores do feltro são várias de acordo com o desenho. É com cores que se criam cobertores, saias de camilha, jogos de cozinha, jogos de quartos e pegas. Em três meses cria-se um cobertor com seis pessoas a trabalhar nele, enquanto que uma pega faz-se em dois, três dias trabalhando nela apenas uma pessoa.
Antigamente este tipo de trabalho fazia-se à mão, mas como surgiram as máquinas tudo mudou, embora neste grupo a arte aplicada seja à mão.
Relativamente aos preços mais altos, um cobertor fazendo-se mais depressa que um bordado, custa 300 contos, o mais baixo é de mil escudos, como é o caso de uma pega ou de uma base para copos. É cansativo, mas o trabalho tem que estar “limpinho e perfeito”.
Os trabalhos tais como alinhavados, caramelos, renda de bilros, lenços, saquinhos de guardanapos, xailes e cobertores bordados e arte aplicada à mão, tivemos oportunidade de verificá-los no Grupo de Alinhavados de Nisa. São trabalhos que já estiveram expostos em hotéis, feiras de artesanato, como em Nisa, na FIL (Lisboa) Norte, Algarve e Espanha. “Não têm conto!”, diz-nos a D. Antónia Polido. Trabalhos conhecidos por jornais e televisões que dispensam qualquer tipo de apresentação. Acham que os trabalhos estão bem divulgados, dizem as artesãs. Têm compradores de todo o país e estrangeiro, nomeadamente, espanhóis, franceses, americanos, alemães e italianos.
Quanto à Câmara, o que têm a dizer é que ajuda a divulgar estes trabalhos, mas quanto aos jovens, o caso já se torna diferente. A esta actividades os jovens não aderem, aderem sim quando há subsídios e acções de formação, porque há dinheiro, caso contrário não há interesse. Mas há sempre alguém que aprecia. Quando há excursões, há rapazes que apreciam mais do que as raparigas, mas isso é conforme o gosto da pessoa.
D. Antónia disse-nos que uma jovem de Lisboa vinha todos os verões para este grupo, e foi nele que fez todo o seu enxoval, por isso podemos dizer que "há juventude e juventude."

* Patrícia PortoFev. 1997


CASTELO DE VIDE: XXXVII Feira do Livro

 

ESTREMOZ: "Vultos da Cultura Portuguesa" - Exposição de Rui Pimentel

Inauguração no dia 23 de março, pelas 11:00 horas, no Posto de Turismo de Estremoz.
Rui Pimentel é formado em Arquitetura pela Escola Superior Técnica Federal de Zurique, mas tem trabalhado também em design gráfico, cenografia para teatro, BD, diaporamas, ilustração, escultura em pasta de madeira, conceção de exposições, caricaturas, pintura, etc.
Rui Pimentel e o Município de Estremoz convidam a todos a visitar e identificar as personagens caricaturadas.
"Ao ser convidado para expor no Posto de Turismo Casa de Estremoz, optei por fazer uma seleção de caricaturas de vultos da cultura portuguesa, tema que me tem interessado ao longo dos anos." Rui Pimentel
Não perca! Venha visitar!

A Hora do Planeta está a chegar.


Este sábado, 23 de março, entre as 20h30 e as 21h30, desliga-te. Dedica uma hora ao Planeta.
Sabe mais em:  https://rb.gy/dl21qa

SARDOAL: Concerto por Coimbra Gospel Choir

Integrado no Programa Complementar da Semana Santa de Sardoal, o nosso palco recebe, no dia 23 de março, pelas 21h30m, um concerto do Coimbra Gospel Choir, dirigido pelo maestro Nuno Mendes. 
O grupo iniciou a sua atividade em 2012, realizando, até então, mais de 400 concertos em Portugal. Apresenta um repertório variado, com incidência nos temas gospel de autores contemporâneos de várias partes do mundo. Em 2023, o grupo produziu, gravou e apresentou o seu primeiro trabalho discográfico, o qual apresenta no Centro Cultural Gil Vicente, que acolhe pela primeira vez um espetáculo deste género musical. 
Os bilhetes têm o preço de 2€ e podem ser comprados na bilheteira do Centro Cultural Gil Vicente, de terça a sexta-feira, das 16h às 18h, ao sábado, das 15h às 18h, ou 45 minutos antes do concerto. 
Este espetáculo é promovido pelo Município de Sardoal e financiado pela Direção-Geral das Artes ao abrigo do Apoio à Programação da RTCP - Rede Teatro e Cineteatros Portugueses.

21.3.24

OPINIÃO: Procurar o Equilíbrio

Depois do Amor, o equilíbrio é a segunda faceta mais importante. Prestar atenção e tempo a todas as áreas da nossa vida: família, espiritualidade, profissão, política, meditação, etc, é um procedimento saudável. Focarmo-nos só numa área prejudica as outras e o crescimento sadio. Ter presente no consciente o nosso sucesso em todas as áreas é uma mais-valia para a nossa auto-estima e aceitação. Conte e acarinhe as suas bênçãos de vida e não as suas lamentações. Se não for feliz com o que tem também não será com o muito que lhe falta. Nós somos o que profundamente pensamos, sentimos e o que aprendemos. Nós somos o que os nossos pensamentos dominantes fazem de nós. Para mudar pensamentos e emoções negativas, basta que os transmutemos de acordo com os nossos princípios do código de ética. A imaginação pode levar-nos a um tempo de bonança ou a um tempo de tempestade. O Céu e o Inferno estão dentro de nós. Cada um é único no Mundo e viver a nossa individualidade no meio dos outros constitui a primazia. Aceitarmo-nos a nós próprios como somos, com as nossas vulnerabilidades e diferenças constitui a base da nossa autoconfiança. 
Nenhum bem virá até si se não cultivar o seu jardim.
Portalegre, 18 de março de 2024
José Oliveira Mendes 

20.3.24

VALE DO PESO (Crato): 3º Festival da Tubra

 

PORTALEGRE: Recital “Versos Imperfeitos” celebra Dia Mundial da Poesia

No próximo dia 21 de março, às 18h30, o Auditório do Museu da Tapeçaria de Portalegre – Guy Fino será palco de um emocionante recital de poesia intitulado “Versos Imperfeitos”, em celebração do Dia Mundial da Poesia.
Organizado pelas turmas de 12º ano da Escola Secundária Mouzinho da Silveira, com o apoio do Município de Portalegre, o evento promete uma noite repleta de emoção, criatividade e inspiração poética.
Os versos declamados pelos jovens talentos irão abordar uma variedade de temas, refletindo as experiências, sentimentos e perspectivas únicas de cada um dos participantes. Será uma oportunidade para celebrar a arte da poesia e partilhar momentos de reflexão e beleza com a comunidade.
A entrada é livre e aberta a todos os amantes da poesia e da cultura, sendo uma excelente oportunidade para desfrutar de uma noite enriquecedora e inspiradora no coração de Portalegre.


Padrinho do casamento de Ventura encabeça manifesto por aliança PSD-Chega

Rui Gomes da Silva é o primeiro dos sete militantes do PSD a subscrever o apelo a Luís Montenegro. Querem que o líder renegue a sua principal promessa eleitoral e assine um acordo com a extrema-direita para ficar quatro anos no poder.
Num manifesto divulgado esta terça-feira à imprensa, um grupo de sete militantes do PSD faz o apelo a Luís Montenegro para que quebre a sua principal promessa de campanha - o "não é não" sobre acordos com o Chega para lhe viabilizar um governo - e assine um acordo com o partido de Ventura.
O primeiro subscritor é Rui Gomes da Silva, o antigo ministro de Santana Lopes e padrinho de casamento de André Ventura, que já tinha defendido que o seu partido devia chegar a entendimentos com o Chega. Segue-se o líder da bancada do PSD na Assembleia Municipal do Porto Miguel Corte-Real, o ex-autarca de Castelo de Paiva Paulo Ramalheira Teixeira, o médico Manuel Pinto Coelho, adversário da política portuguesa de descriminalização das drogas, João Saracho de Almeida, antigo gestor do ramo imobiliário da Mota Engil e atualmente ao serviço da sua parceira Solida Capital, com sede no Dubai e investimentos na Polónia, Susana Faria, presidente da JSD em Felgueiras, e Paulo Jorge Teixeira, presidente da Cooperativa do Povo Portuense e deputado municipal.
Os subscritores do apelo ao acordo com a extrema-direita justificam-no com a leitura que fazem do resultado eleitoral, entendendo que "os portugueses disseram que não queriam continuar a ser governados pela esquerda e deram o maior resultado, desde 1991, ao espaço não-socialista em Portugal". Assim sendo, consideram "imperativo uma solução governativa à direita, sem medos e muito menos condicionada por aquilo que deseja a extrema-esquerda".
O texto encabeçado pelo ex-ministro de Santana que ficou conhecido por ter precipitado o fim do comentário político de Marcelo Rebelo de Sousa na TVI em 2004, quando acusou o atual Presidente de "destilar ódio ao primeiro-ministro e ao Governo", vai mais longe e acusa Montenegro de "fazer o jogo da esquerda" caso rejeite fazer acordos com o Chega. "Só um acordo, que garanta um governo estável, com compromissos sólidos para quatro anos, coloca os interesses de Portugal em primeiro lugar", conclui o manifesto citado na comunicação social.
in www.esquerda.net

VILA VELHA DE RÓDÃO: Pianista Hélder Bruno em concerto no Castelo do Rei Wamba

A chegada da primavera será celebrada em grande estilo com um concerto solo de piano pelo talentoso compositor Hélder Bruno. O evento está agendado para o próximo sábado, dia 23 de março, às 17h30, no deslumbrante cenário do Castelo do Rei Wamba, em Vila Velha de Ródão.
Este concerto faz parte do programa Fôlego, um projeto artístico dedicado ao combate às alterações climáticas e que visa envolver ativamente a comunidade local na promoção de um futuro sustentável e consciente. O Fôlego integra várias expressões artísticas, desde as artes plásticas à música, passando pela dança, fotografia, novo circo, novos media e teatro.
Fruto de uma parceria com a Soul Speaking Out Loud, esta iniciativa destaca-se por levar a arte a locais pouco convencionais, proporcionando experiências únicas e intimistas. O protagonista deste momento é o pianista extraordinário Hélder Bruno, reconhecido como uma das revelações da música portuguesa, cujas composições envolvem os ouvintes em sensações e emoções únicas.
O concerto, intitulado “Ao Sabor do Vento”, promete transportar o público para um mundo de emoções profundas e reflexões, proporcionando uma experiência musical memorável.
O evento tem início marcado para as 17h30 e terá lugar no Castelo de Ródão, também conhecido como Castelo do Rei Wamba. A entrada é livre, mas sujeita a reserva obrigatória, que pode ser feita através do telefone 272 540 314 ou do e-mail cactejo@cm-vvrodao.pt. O transporte para o local será assegurado a partir das 17h00, junto à Casa de Artes e Cultura do Tejo.

CICLISMO: Pelotão internacional parte hoje para a 41ª Volta ao Alentejo


Última etapa liga Nisa a Évora
A 41.ª Volta ao Alentejo parte esta quarta-feira (20 de março) para a estrada, com a primeira etapa a começar em Castro Verde, numa tirada de 167,8 quilómetros com chegada em Beja.
Será a primeira de cinco etapas de um percurso de 852,7 quilómetros, marcado por 13 prémios de montanha e 15 metas volantes, que passará por 32 municípios da região.
A segunda etapa da “Alentejana” vai ligar Vidigueira e Grândola (180,9 km) e a terceira vai partir de Mourão com destino a Reguengos de Monsaraz (168,4 km), com passagem pelo Alqueva.
A quarta tirada da prova, entre Monforte e Castelo de Vide (147,7 km) será a mais exigente, com seis contagens de montanha.
No entanto, será na quinta etapa que tudo ficará decidido, após 187,9 quilómetros entre Nisa e Évora.
O pelotão da 41.ª Volta ao Alentejo será composto por um total de 18 equipas. Além das nove equipas profissionais portugueses e das três equipas de clube nacionais mais bem classificadas do ranking, vão ainda estar presentes seis equipas internacionais, com destaque para a ProTeam Caja Rural – Seguros RGA (Espanha), que conquistou as duas últimas edições.
* Sul Informação • 20 de Março de 2024 


OPINIÃO: Quatro notas sobre eleições, resistência e o próximo ciclo

O tempo é de disputa de hegemonia na sociedade e no espaço público e de testemunho programático próprio de cada força política. Mas é também, urgentemente, de diálogo e de articulação das forças da oposição à esquerda, que devem começar desde já.
1. Com grandes financiamentos de uma parte relevante da elite económica, organizações de extrema-direita como o Chega e think tanks ultraliberais como o Instituto Mais Liberdade foram moldando, nos últimos anos, o espaço público online, procurando construir uma nova hegemonia do que se debate, dos termos em que se debate e do tom em que se debate. Em lugar da informação, da mediação jornalística e da opinião fundamentada e plural, há um permanente bombardeamento com dados mais ou menos truncados (é fácil “fazer os números falar” no sentido que quisermos) e, no caso da extrema-direita, com histórias falsas, narrativas distorcidas e discursos tremendistas para captar a indignação, mesmo que baseada em falsidades. Há uma geração que vem sendo socializada nesta cultura de crispação e de bufonaria protagonizada por influencers de direita e bots financiados pelos mais ricos. A Portugal chegou, com o atraso habitual, a tendência internacional do trumpismo e do bolsonarismo. Combatê-la é uma prioridade democrática.
2. O resultado destas eleições é, em grande medida, o efeito e o legado político da maioria absoluta do PS. Nos últimos anos, os salários não acompanharam a inflação, com os preços da alimentação a subirem muito mais que os rendimentos; os juros dispararam, penalizando quem tem empréstimo à habitação; a crise da habitação agravou-se, desde logo para os jovens; as carências do SNS ganharam maior visibilidade; a estagnação salarial convidou milhares a procurarem uma vida melhor noutros países. O governo privilegiou a acumulação de excedentes orçamentais ao investimento robusto na resolução destas crises e enredou-se numa sucessão de crises políticas internas que o degradaram ao limite, criando um forte sentimento de descrédito e de instabilidade, que a direita aproveitou. À má gestão política de António Costa, há que somar a ação do Ministério Público, ainda hoje falha em esclarecimentos cabais, mas que conformou o ambiente eleitoral. E a intervenção instabilizadora do Presidente da República. Falta de respostas aos problemas económicos e sociais e descrédito político foram o pasto fértil sobre o qual a extrema-direita cavalgou nos últimos meses, multiplicando também mentiras e explorando ressentimentos.
3. Para além da denúncia dos interesses milionários que financiam a extrema-direita, da luta cultural contra o liberalismo agressivo e contra os velhos preconceitos misóginos e racistas que existem de facto na sociedade portuguesa, a esquerda tinha a obrigação, para ganhar estas eleições, de se apresentar com uma alternativa política para as questões fundamentais - inflação, habitação, saúde, escola pública, salários. Uma alternativa que mostrasse balanço crítico e rutura com a maioria absoluta (e portanto, capacidade de resposta a quem estava justificadamente zangado com ela) e vontade de mobilizar as esquerdas para uma solução nova e conjunta. À esquerda do PS, no seu conjunto, não houve perdas, mas crescimento de votos. Ele foi todavia residual (de 12 para 13 deputados) e diferenciado para cada partido, não permitindo ainda reconstruir a força do milhão de votos de 2015. O discurso do PS nesta campanha, ao escolher acentuar a continuidade com o legado de António Costa e da maioria absoluta, descredibilizou a possibilidade mobilizadora da maioria das esquerdas como alternativa ao estado de coisas atual, facilitando a viragem à direita.
4. O tempo é de disputa de hegemonia na sociedade e no espaço público online e offline e de testemunho programático próprio de cada força política. Mas é também, urgentemente, de diálogo e de articulação, quer contra a governação de uma direita que se tem radicalizado, quer contra a agressividade da extrema-direita. A campanha da AD foi marcada por múltiplas intervenções que apontaram a regressão nos direitos sociais e civis (desde logo das mulheres), que repetiram preconceitos e tópicos da extrema-direita (como na comprovadamente falsa associação entre insegurança e imigração feita por Passos) e o programa do novo governo terá uma forte marca de classe, privilegiando a canalização de recursos para o privado, uma contra-reforma fiscal e benefícios aos patrões nas contribuições sociais. Uma articulação das forças da oposição à esquerda deve começar a ser tecida desde já. Ela servirá de resistência à política social e económica da direita, de referência popular de luta e de barreira à destruição dos direitos sociais e cívicos. Ela poderá ser uma prova pungente da força da igualdade na sociedade portuguesa. Mas poderá ser também uma afirmação de futuro, de um arco-íris de diversidade dentro do qual pode amadurecer uma alternativa política. O tempo é acelerado e este novo ciclo será porventura mais curto do que se imagina. Começar a construir o próximo é uma tarefa para já. O país há-de ser capaz de mostrar, nos cinquenta anos da Revolução, o seu apego à democracia e à Constituição. O 25 de abril na rua será a sua primeira oportunidade.
* José Soeiro in www.esquerda.net -18 de Março, 2024 
IMAGEM - 1º Maio 1974 (Lisboa) FOTO de Diogo Margarido


19.3.24

Salavessa e Montalvão vibram com as "Chocalhadas"


A aldeia de Salavessa no concelho de Nisa, volta a animar-se com a realização da tradicional Chocalhada, no dia 30 de Março, sábado de Aleluia. A iniciativa terá início pelas 11 horas da manhã com a habitual Caminhada em redor da aldeia, prosseguindo com o almoço na antiga escola, no qual os participantes poderão saborear a típica feijoada, doces variados, vinhos, sumos e água. No evento não faltará a animação musical a cargo do acordeonista Manuel Emídio. A participação na Caminhada é gratuita e aberta a quem quiser nela participar, enquanto o almoço custa 10 “chocalhos”, sendo as inscrições aceites até dia 27 de Março.
Durante a tarde haverá chouriço e cacholeira assada (a pagar), terminando com a oferta de um caldo verde.
À noite, a chocalhada será em Montalvão como habitual às 23 horas, iniciando-se na porta da Igreja Matriz. Os dois eventos são organizados pela Junta de Freguesia de Montalvão.

VILA VELHA DE RÓDÃO: Paulo Gonzo na Casa de Artes e Cultura do Tejo

Paulo Gonzo vai apresentar-se na Casa de Artes e Cultura do Tejo, em Vila Velha de Ródão, a 30 de março (sábado), às 21h30.
O cantautor é uma referência obrigatória da música Pop produzida em Portugal nas últimas décadas e o seu talento e o sucesso como cantor, compositor e performer, fazem dele um dos melhores artistas portugueses.
Ao longo dos anos, Paulo Gonzo apresentou vários sucessos e muitas delas fazem parte da banda sonora de muitas pessoas.
Com mais de 40 anos de carreira, o cantor continua a conquistar o público, sendo um artista de gerações.
Os bilhetes estão à venda nos locais habituais.

NISA: Semana da Leitura no Agrupamento de Escolas

 

SINES: Espetáculo no CAS celebra 500 anos do nascimento de Camões

 
Concerto- Documentário 'Camões: 500 Anos - História, Músiva e Poesia - Vox Angelis
23 março 2024
CAS - Auditório | 21h30 | Gratuito mediante levantamento de bilhete
Integrado nas comemorações dos 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões, um espetáculo em que, na componente musical, serão interpretados, na versão de cantor, violoncelo e piano, alguns dos seus mais famosos sonetos.
Intercalando o concerto, será exibido um documentário sobre a vida do poeta, com projeção de quadros de grandes pintores portugueses. Será, assim, uma viagem biográfica histórico-musical por um símbolo da Portugalidade.

18.3.24

MARVÃO: Concerto Final da Masterclass de Violino

A Academia Internacional de Marvão para a Música, Artes e Ciências promove, este sábado, 23 de março, pelas 18h00, na Quinta dos Olhos d'Água (São Salvador da Aramenha), o Concerto Final da Masterclass de Violino.
A Masterclass ministrada pelo Prof. Christoph Poppen, com acompanhamento ao piano por Tomoko Nishikawa, culmina num concerto onde participam também os(as) violinistas Yinan Zhao, Hyunseok Yoo, Maana Hori, Ayaka Uchio, Diego Mangas, Simon Luethy, Qingzhu Weng e Leanne McGowan.
👉 Este concerto está inserido na programação comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril, no concelho de Marvão, tem entrada gratuita, mas implica a reserva, através dos contatos: info@marvaoacademy.com   

CRATO: Semana Santa do Crato 2024

20 de março a 1 de abril
Fé e Tradição de um Povo
Programa:
20 de março – Quarta-feira
18.00h – Celebração Penitencial e Confissões (Igreja Matriz)
24 de março – Domingo de Ramos
11.00h – Bênção dos Ramos (Igreja da Misericórdia)
11.15h - Procissão dos Ramos
11.30h – Celebração da Eucaristia (Igreja Matriz)
17.30h – Solene Procissão do Senhor dos Passos
Sermão do Encontro Praça do Município
Sermão do Calvário (Igreja de Santo António)
25 de março – Segunda-feira Santa
21.30h – Quadros Vivos de Caravaggio (Igreja Matriz)
27 de março – Quarta-feira Santa
21.00h – Via-Sacra – com as crianças (Igreja Matriz)
Ritual do Candeeiro das Trevas 
28 de março – Quinta-feira Santa
17.00h – Missa da Ceia do Senhor, Adoração e Desnudação dos Altares (Igreja Matriz)
21.30h – Lava-Pés
Procissão do Senhor da Cana Verde
29 de março – Sexta-feira Santa
15.00h – Celebração da Paixão, Adoração da Cruz e Comunhão (Igreja Matriz)
21.30h – Procissão do Enterro do Senhor e Cerimónia do Enterro
30 de março – Sábado Santo
22.00h – Celebração da Vigília Pascal, Missa das Aleluias (Capela do Carmelo São Nuno de Santa Maria)
31 de março – Domingo de Páscoa
10.30h – Missa da Ressurreição do Senhor (Igreja Matriz)
17.00h – Concerto de Páscoa “Fado Lírico” (Igreja de Santo António)
1 de abril – Segunda-feira
10.30h – Festa de São Gregório e Missa (Igreja Matriz)