30.10.15

NISA: Exposição de pintura de Leandro de Matos Valente

Até final de novembro está patente na Biblioteca Municipal de Nisa uma exposição de pintura de Leandro de Matos Valente
Leandro de Matos Valente nasceu em 1954, em Salavessa, concelho de Nisa. Em 1972, terminou em Castelo Branco o Curso de Formação de Eletromecânico. De 1973 a 2012 trabalhou no Laboratório Nacional de Engenharia Civil. Atualmente, na situação de aposentado, reside na terra natal, Salavessa.

Interessado pelas artes desde novo, foi escrevendo poemas e feito pinturas que” foi pondo na gaveta”. Participou com um soneto no Boletim Cultural do LNEC e numa exposição de Pintura. Recentemente participou no livro “A Lagoa e a Poesia” – coletânea de poesia, numa edição de autores.

NISA: Sessão extraordinária da Câmara para aprovar Grandes Opções do Plano e Orçamento municipal para 2016

A presidente da Câmara Municipal de Nisa, Idalina Trindade, convocou uma reunião extraordinária do Executivo Municipal para hoje, sexta-feira dia 30 de Outubro.

A reunião terá lugar no salão nobre dos Paços do Concelho a partir das 14,30h e a ordem de trabalhos será dominada pela análise e deliberação sobre o Mapa de Pessoal do Município de Nisa para o Ano de 2016; as Grandes Opções do Plano da Câmara Municipal de Nisa para o Ano de 2016 e ainda o Orçamento da Receita e Despesa da Câmara Municipal de Nisa para o Ano de 2016, documentos que serão depois aprovados em minuta.
A reunião é pública, podendo assistir os munícipes interessados, mas tratando-se de uma sessão extraordinária, não poderão intervir.

29.10.15

Exposição de Fotografias para "Recordar o Passado" em Amieira do Tejo


EM NOME DA DICTADURA - O Estado Novo no concelho de Nisa (1)

Edital - Proibição de Emigrar (1 Agosto 1930)
 Edital – Proibição de Touradas (Agosto 1930)
Tendo chegado ao conhecimento de Sua Exª o Snr. Governador Civil que vários desastres teem resultado ultimamente da realização das touradas chamadas “à vara larga” faço publico que taes espectáculos ficam proibidos.
Os promotores dos divertimentos de tal natureza que o façam sem autorização serão punidos com pesadas multas a que se refere o artº 6º do Edital do Governo Civil de 20 de Dezembro ultimo.
(a) Falcão

Edital – Intimação aos habitantes de Alpalhão (6/9/1931)
José Cristovam da Costa, Administrador substituto do Concelho de Niza:
Constando-me que os habitantes da vila de Alpalhão lançam estrumes para o princípio da Estrada Nacional nº 87 – 2ª junto da vila de Alpalhão, que segue para Castelo de Vide e que recentemente acabou de sofrer grandes reparações, venho por este meio prevenir os habitantes d´aquela vila que fica expressamente proibido tal abuso sob pena de incorrerem na transgressão prevista pelo Regulamento de Conservação de 19 de Setembro de 1900.
(a) Costa
Nota: A redacção deste edital não foi a mais feliz. Na década de 30 e até aos anos 60, o concelho de Nisa era essencialmente agrícola e a freguesia de Alpalhão não fugia à regra sendo, inclusive, das que mais pessoas ocupava na labuta do campo. Nessa época, todos os estrumes eram aproveitados e muitos ainda se lembram que na própria vila de Nisa, o aproveitamento que era feito dos "bonicos" dos muares que puxavam as carroças. Daí que se estranhe este "lançamento de estrumes" para a estrada, em Alpalhão.
Edital – Proibição de reuniões (1930)
António Falcão, Administrador do Concelho de Niza,
Faz saber que de futuro e em caso algum se poderão efectuar reuniões, conferencias, discursos, comemorações, etc. sem licença do Exmo Governador Civil.
Os pedidos de licença serão feitos por escrito e deles deverão constar, alem de outras indicações que sejam julgadas convenientes, o fim da reunião e natureza do assunto a tratar.
Para constar se passou o presente e outros de igual teor que vão ser afixados nos logares públicos do costume.

(a) Falcão

28.10.15

NISA: Quatro candidatos a Director do Agrupamento de Escolas

O Conselho Geral do Agrupamento de Escolas de Nisa divulgou a lista de candidatos a Director daquele estabelecimento de ensino, cargo que se encontra vago devido à morte do antigo director, José Luís Tomás Bruno, que ocorreu no dia 13 de Agosto deste ano.
De acordo com a lei, o director do Agrupamento de Escolas será escolhido através de acto eleitoral, cuja data não foi ainda divulgada.

Magusto de S. Martinho na sede do Grupo Ciclo Alpalhoense


27.10.15

NISA: Câmara discute amanhã Documentos Previsionais para 2016


NISA: A Inerte Zona Industrial (1995)

A Inerte zona industrial
À medida do que constitui “moda”, talvez há uma boa década decorrida, era quase comum constatar que as sedes de concelho almejando o apanhar do comboio dos novos adventos políticos da influência desenvolvimentista CEE, se deram por si a correr na criação de espaços destinados à materialização de um velho sonho regional: a indústria.
Daí que também Nisa não se fizesse rogada, ela, tradicionalmente lavradora e campesina, a preencher tão precioso requisito que lhe fora, aliás, sistematicamente negado pelas Câmara de “in illo tempore”. E agora cá temos, cá (a) temos, uma muito nossa zona industrial.
De maneira que, parece, não obstante o tempo decorrido (o tempo é oiro!) que temos zona e um bom número de investidores potenciais que a adquiriram... na totalidade.
Mas... e os investimentos? Mesmo à lupa, parece que não se lobrigam em mexida de concretização, ou mesmo começo.
Positivamente, o NN admite que, na Câmara deve haver uma mão cheia, pelo menos, de válidos projectos dos futuros industriais, capazes de gerar produção e de criar por lógica novos postos de trabalho, porquanto, o NN não se esquece, o Desemprego também grassa por esta terra, mormente a nível da nossa juventude. E também sabemos que poderão existir eventuais propostas de empreendedores externos que estarão possivelmente interessados na área de Nisa, se se lhes depararem condições de razoável viabilização instaladora e operacional.
Porém, se a zona já está saturada (ocupada) e não anda nem desanda, o que poderá fazer-se? Aí, a Câmara é que o sabe ou deve saber.
No entanto, a circunstância faz-nos recordar uma das satíricas e mordazes quadras do nosso popular e célebre poeta repentista Manuel Sentenças, de quem alguns ainda se poderão lembrar:
Arde o verde pelo seco
Paga o justo pelo pecador
Por causa de um reles enredo (1)
Fica Nisa sem Valor!

(1) – Na altura de uma crítica à CMN, no final dos anos 20, o poeta era mais incisivo porque atacava um indivíduo que era galego e tinha grande poder camarário. Assim, na versão original é galego e não enredo. O enredo é nosso...

 Nota explicativa: O presente texto, da autoria de Carlos Franco Figueiredo (utilizava o pseudónimo de Stradivarius) foi publicado na edição de Outubro de 1995 no jornal "Notícias de Nisa".
Vinte anos e cinco executivos camarários depois, em 2015, o que poderia acrescentar-se a este artigo, crítico, face à inércia que então vigorava, em relação à Zona Industrial?
O nome do espaço foi,  entretanto, alterado para Zona de Actividades Económicas de Nisa. Algumas actividades, tidas na altura como promissoras arrancaram e com menor ou menor dificuldade foram-se mantendo. Poucas. Outras, quase não chegaram a abrir, encerraram e levaram com elas as promessas de um futuro risonho de trabalho e emprego. 
As premissas do artigo, vinte anos depois, não se cumpriram. A Zona de Actividades Económicas de Nisa continua a ser a Inerte Zona Industrial. Tal como em Outubro de 1995!

23.10.15

NISA: Subsídios para a História da Imprensa Local (1)







Em 13 de Abril de 1995 surgia no concelho, o quinzenário regional "Notícias de Nisa". Propriedade de Francisco Narciso, que era também o director e tendo como chefe de redacção João Patrício, o jornal afirmava-se como "uma voz viva na defesa dos interesse vários da nossa região. De Nisa, das suas gente se da diáspora. Em Outubro desse ano, o jornal passaria a mensal
Na curta vida como quinzenário (entre Abril e Outubro), o "Notícias de Nisa" abordou diversos temas polémicos desde os conflitos e as relações políticas na Câmara de Nisa, que atingiram o seu ponto mais alto com a demissão de um dos vereadores da maioria camarária, à vida agitada da Misericórdia de Nisa e os conflitos entre Irmãos que culminaram com a "expulsão" de 24 membros da irmandade por parte do Tribunal Eclesiástico, sem esquecer as polémicas à volta das cerimónias da Semana Santa e os conflitos laborais na Escola do Convento em Nisa.
Há 20 anos, as pessoas - mal ou bem - ainda discutiam questões e problemas que julgavam dignos de discussão e de clarificação. Hoje, pelo contrário, vão aceitando tudo de bom grado - quantas vezes a contra gosto - para evitarem "chatices" e o envolvimento na resolução de problemas.

7 Maravilhas de Alpalhão vão ser divulgadas na Sociedade Recreativa


21.10.15

NISA: Carlos Alves e Sérgio Charrinho são os solistas em concerto com a Banda Sinfónica da GNR

No próximo sábado, 31 de outubro, às 16 horas realiza-se no Cine Teatro de Nisa um concerto pela Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana que contará com a participação de Carlos Alves – clarinete solista e de Sérgio Charrinho – trompete solista, que se iniciaram como músicos na Sociedade Musical Nisense e hoje, são reconhecidos a nível nacional e internacional.
O concerto do próximo sábado encerra o ciclo de eventos musicais “Nisa em Música” que a Câmara Municipal de Nisa promoveu para assinalar os aniversários da Banda da Sociedade Musical Nisense e do Cine Teatro de Nisa. No mesmo ciclo integraram-se os concertos da Orquestra de Jazz do Hot Clube de Portugal, a 11 de Outubro, e da Camerata Amicis, a 18 de Outubro.
O concerto, sob a direção do Maestro João Afonso Cerqueira, terá o seguinte repertório: - Danza Sinfonica, de James Barnes; - Trumpet Town, Concerto for Trumpet de Otto M. Schwartz, com o solista Sérgio Charrinho;   - Severa, de Frederico de Feitas; - Concerto para Clarinete, de Artie Shaw, com o solista Carlos Alves; - Fantasy on British Sea Songs, de Henry J. Wood.
BANDA SINFÓNICA DA GUARDA NACIONAL REPUBLICANA
CONCERTO Inverno TNSC (276)
Em 1838, por decreto de D. Maria II, nasce a Banda da Guarda Municipal que, mais tarde, com a implantação da República, passou a designar-se Banda de Música da Guarda Nacional Republicana.
 Actualmente a Banda de Música está na dependência da Unidade de Segurança e Honras de Estado, sendo que constitui um dos órgãos que o Ex.mo Comandante-Geral tem à sua disposição para, no âmbito da actividade musical, concorrer com a sua acção em actividades no âmbito das actividades de Representação a nível do Protocolo de Estado, cerimónias militares, culturais e recreativas e de divulgação da GNR.
A elevada especialização dos seus componentes e o seu amplo e valioso arquivo (mais de 3.000 obras) permitem que a Banda em Concerto atinja um nível artístico difícil de encontrar em agrupamentos congéneres.
Dos muitos êxitos obtidos em digressões fora do País destacam-se em 1892 o Concurso Internacional de Bandas Militares em Badajoz; em 1910 em Madrid, S. Sébastian e Barcelona; em 1930, digressão ao Brasil; em 1963, na Holanda participando na NATO-TAPTOE e em Paris gravando concertos para a Rádio; em 1965, representando Portugal no IV Centenário da Fundação do Rio de Janeiro; no mesmo ano na cidade de Badajoz; em 1980, em Mons (Bélgica) no 20º Festival Internacional de Bandas Militares; em 1987, Cáceres, intercâmbio cultural entre Portugal e Espanha; em 1988, Cáceres e Plasência, (Espanha) jornada de solidariedade com a zona sinistrada do Chiado (Lisboa); em 1995, Modena (Itália)  para participar no 4º Festival Internacional de Bandas Militares; em 1996, Basileia (Suíça) para participar no 5º Festival Internacional de Bandas de Polícia; em 1998, digressão ao Luxemburgo tendo actuado em três cidades: Differdange, Luxemburgo e Vianden, tendo obtido grande êxito sobretudo no concerto efectuado na sala de concertos do Conservatório do Luxemburgo.
Em 2005 a Banda foi distinguida com o prémio “Amália” na categoria de Música Clássica e em 2006 foi conferido à Banda, por S. Ex.ª O Sr. Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, o Título de Membro-honorário da Ordem do Infante D. Henrique.
Desde 1838, a Banda foi dirigida, no período que a cada um se atribui, pelos seguintes maestros: Jerónimo Soller (1838-1878), Jacques Murat (1878), Manuel Augusto Gaspar (1878-1901), António Gonçalves da Cunha Taborda (1901-1911), Joaquim Fernandes Fão (1911-1935), Lourenço Alves Ribeiro (1935-1959), Manuel da Silva Dionísio (1960-1973), Joaquim Alves de Amorim (1974-1982), Idílio Martins Fernandes (1982-1989), Vasco da Cruz Flamino (1989-2001) e Jacinto Coito Abrantes Montezo (2001-2008).
O Maestro Capitão João Afonso Cerqueira é o actual maestro titular da Banda Sinfónica da GNR.
Carlos Piçarra Alves
Carlos Piçarra Alves é Solista A na Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, Professor Principal de Clarinete e membro do Conselho Científico da Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco. Foi Artista Convidado da Universidade do Estado do Arizona (EUA) em 2009 e 2010.

Foi também professor na Universidade Católica Portuguesa, na Escola Superior de Música de Lisboa, na Escola Superior de Música do Porto, no Conservatório Regional de Música de Castelo Branco, no Conservatório de Música de Coimbra, na Escola Profissional de Música da Covilhã e na Escola Profissional de Música do Porto.
Em 2012 foi­-lhe atribuído o título de Especialista em Clarinete por unanimidade do júri em provas públicas.
Fez Bacharelato e DESE na ESMAE, na classe do Prof. António Saiote e Prix de Perfectionement á Unanimité du júri au Conservatoire Superior de Region de Versailhes na classe do Prof. Philipe Cuper (Super Solista da Ópera de Paris). Fez Master Class com Walter Boykens, Guy Deplus, Philipe Cuper, Guy Dangain, Michel Arringhon, Michel Collins e Paul Mayer.
Foi Director Artístico do Festival Internacional de Música de Paços de Brandão de 2009 a 2012.
Em 2013 foi nomeado para o Júri da Direção Geral das Artes na área da Música.
Foi Premiado nos mais importantes Concursos Nacionais, 1º Prémio no Prémio Jovens Músicos, 1º Prémio Juventude Musical Portuguesa e 1º Prémio no Concurso do Festival Internacional Costa Verde. Participou em dois concursos internacionais, sendo semi­-finalista no Concurso Internacional de Roma e Premiado no Concurso Aurelian Octav Popa na Roménia, abraçando, desde logo, uma intensa carreira solística e de música de câmara, que se expande internacionalmente por países como EUA, Rússia, Alemanha, Áustria, Holanda, Noruega, França, Itália, Espanha, Bélgica, Luxemburgo, Roménia, Macau, Brasil, etc.
Concertista de reconhecido mérito que atua frequentemente nas principais salas de concerto portuguesas.
Em Guimarães 2012­ - Capital Europeia da Cultura, no ciclo Master Pieces, foi convidado a ser o solista da estreia mundial do Concerto para Clarinete e Orquestra de Mário Laginha.
Fez parte das Escolas da Orquestra Juvenil da Comunidade Europeia, colaborou com a Orquestra Gulbenkian e Regie Sinfonia do Porto.
Tocou a solo com a Orquestra Clássica do Porto, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Orquestra Clássica da Madeira, a Orquestra Nacional do Porto, a Orquestra de Câmara Portuguesa, a Orquestra Sinfónica de Constanza na Roménia e a Orquestra J. Futura em Itália.
Nos seus trabalhos discográficos destaca-se a gravação para a EMI Classics do Concerto para Clarinete e Orquestra de Mozart com o Maestro Rui Massena e a Orquestra Clássica da Madeira. Gravou também as Integrais II para clarinete solo de João Pedro Oliveira, a convite do próprio compositor. Tem um CD que foi realizado com Caio Pagano, Daniel Rowland, Caterine Stryncx e Paulo Álvarez, com obras de Olivier Messiaen (Quarteto para o Fim dos Tempos) e Béla Bartok (Contrastes) para a etiqueta Numérica. No seu CD gravado nos EUA, Recital in the West (2010), na companhia do consagrado pianista Caio Pagano, a imprensa norte ­americana encontrou a melhor interpretação da primeira sonata de Brahms: "Esta é sem dúvida a melhor versão da Sonata de Brahms que já ouvi. Carlos Alves extrai do clarinete um som belíssimo e soberbo, com um excelente sentido de frase musical ao longo de toda a obra" (Arizona Republic, Julho de 2010).
É membro fundador do Grupo Artclac Ensemble, juntamente com o acordeonista Paulo Jorge Ferreira.
Fez também incursões com o teatro, musicando ao vivo as Peças de Teatro Figurantes de Jacinto Lucas Pires e D. Juan de Molière, ambas com encenação de Ricardo Pais, no Teatro Nacional de S. João.
Destaca­se também a sua participação no espetáculo Sombras, em que Carlos Piçarra Alves participa, na companhia de artistas como, Ricardo Pais, Mario Laginha, Paulo Ribeiro, etc. Este espetáculo esteve em tourné por Lisboa, Porto, Viseu, Guimarães, Açores, Paris, São Paulo, Santos e Moscovo, tendo agendamentos futuros para o Porto e Rio de Janeiro.
Carlos Piçarra Alves é artista Buffet Crampton e é internacionalmente considerado um dos clarinetistas mais relevantes da sua geração.
Sérgio Charrinho

Iniciou estudos musicais com o pai na Banda da Sociedade Musical Nisense. Ingressou em 1993 no Conservatório Regional de Portalegre, onde estudou com José Pereira. Prossegue a sua formação na Escola Profissional de Artes da Beira Interior em 1996, com Fernando Jorge Ribeiro. Em 1999, entra no Conservatório Hector Berlioz em Paris, tendo como formador Bruno Nouvion.
Foi laureado em 2001 no concurso da RDP Prémio Jovens Músicos em música de câmara com o quinteto de metais Harmon-Brass.
Desempenhou as funções de 1º Trompete Solo na Orchestre de la Cité International Universitaire de Paris, sob a direção de A. MacDonnel e ganhou o concurso para 1º Trompete na Orquestra do Algarve em 2002.
Participou, em 2002, na homenagem ao compositor G. Enescu, na embaixada da Roménia em Paris, onde gravou para a televisão romena a peça Legende para trompete e piano. Gravou para a RTP o programa Sons da Música exibido em 2007, dedicado ao trompete.
Apresentou a solo, com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, o Concerto para trompete e piano de Chostakovich, o Concerto para trompete e orquestra de J. Haydn, o Concerto em Mi Maior de J. N. Hummel, o Concerto Brandenburguês nº 2 de J. S. Bach (2004 e 2013) e Quiet City de A. Copland. Com a Orquestra de Câmara de Sintra, apresentou o Concerto em Ré Maior de G. Torelli e o Concerto em Do menor de A. Marcello. Com a Camerata Amicis, interpretou o Concerto para trompete e orquestra de J. B. G. Neruda.
Foi professor na Escola Profissional de Artes da Beira Interior e na Escola Profissional de Música de Espinho e tem dirigido diversas masterclasses de trompete em Portugal.

É membro fundador do quinteto de trompetes Almost6, com o qual gravou o cd Sopros em Laboratório, editado em 2012. Desempenha as funções de 1º Trompete na Orquestra Metropolitana de Lisboa desde janeiro de 2003 e é professor na Academia Superior de Orquestra. 

ALPALHÃO: Apresentação do livro "Quem Sou?" de Cristina Murteira

O Centro Cultural de Alpalhão - Professor José Maria Moura - acolhe no próximo dia 24 de Outubro (sábado) pelas 15 horas, a sessão de apresentação do livro infantil "Quem Sou?" da autoria de Cristina Murteira, editado pela Lua de Marfim. A apresentação da obra estará a cargo de Orada Chambel e a sessão cultural conta com o apoio da Freguesia de Alpalhão.

NISA: Cemitério aberto no dia 1 Novembro - Dia de Todos os Santos

A Câmara Municipal de Nisa publicou no seu site a informação sobre a Abertura do Cemitério de Nisa no Domingo - Dia 1 de Novembro e Dia de Todos dos Santos. O cemitério estará aberto nesse dia, bem como no sábado, dia 31 de Outubro, como é aliás, normal e no horário de funcionamento que acima se indica:
* MANHÃ: Das 8H00 às 12H00
* TARDE: Das 14H00 às 17H00

17.10.15

NISA: Visita da imagem da Senhora de Fátima nos dias 24 e 25 Outubro

No ano de 2017 celebram-se os 100 anos das aparições de Fátima e o Santuário desde Maio de 2015 a Maio de 2016 está a levar a cabo a iniciativa da visita da imagem peregrina de Nossa Senhora a todas as dioceses portuguesas. À Diocese de Portalegre-Castelo Branco coube a visita entre os dias 11 e 25 de Outubro. A vila de Nisa receberá a vista da imagem peregrina nos dias 24 e 25 de manhãzinha, seguindo depois para o Crato onde será celebrada missa transmitida pela TVI.
Como é um evento único e bastante raro, Nisa deve-se alegrar por receber a visita da imagem peregrina.
Em anexo, o programa da visita
 Itinerário da Procissão de Velas, às 21h, para que as pessoas possam se possível enfeitar as ruas e colocar colchas nas janelas.
 Igreja Matriz
 - Rua Drº Francisco Miguéns (Rua Direita)
- Praça do Município (Frente da Santa Casa)
- Rua João de Deus
- Rua Drº Manuel de Arriaga
 - Praça da República (Rotunda do Cinema)
 - Rua Visconde Vale da Sobreira
 - Rua Drº Cruz Malpique (rua dos Bombeiros)
- Avenida D.Dinis
- Praça da República (Rotunda junto ao Calvário, passagem em frente aos Correios)
- Rua Júlio Basso
- Largo 5 de Outubro
- Travessa Marechal Gomes da Costa
- Praça da República - via em direcção  ao largo da Porta da Vila
- Termina na Igreja Matriz

16.10.15

MONTALVÃO: Igreja Matriz com sinos e relógio reparados e nova iluminação da torre

A aldeia de Montalvão, em Nisa, assinala, sábado, com um espetáculo musical, a conclusão da reparação dos sinos, iluminação da torre e relógio da Igreja Matriz.
Segundo o porta-voz da comissão para o restauro da Igreja de Montalvão, Luís Gomes, os trabalhos de reparação implicaram um investimento de quatro mil euros, efetivado através de donativos de várias pessoas.
Luís Gomes adiantou que a comissão vai dar continuidade à campanha de angariação de donativos para, numa segunda fase, substituir a rede elétrica e recuperar os altares do templo religioso.
O espetáculo que assinala a conclusão da primeira fase dos trabalhos de reparação da Igreja Matriz de Montalvão começa às 14:30 de sábado e integra as atuações do grupo Coral EmCanto e do grupo de Cante Alentejano de Almodôvar.
A comissão para o restauro da igreja vai entregar certificados às pessoas que contribuíram para as obras.
 Gabriel Nunes/Susana Mourato in "Rádio Portalegre" - 15/10/2015 

14.10.15

ORIENTAÇÃO: Portugal O' Meeting regressa ao Alto Alentejo em 2017

O Grupo Desportivo dos 4 Caminhos venceu a candidatura para a organização da XXII edição do Portugal O' Meeting em 2017.
Os Municípios de Alter do Chão, Crato e Portalegre, voltam a acolher o maior evento de Orientação Nacional e o maior do Mundo no Carnaval, depois de em 2011 o mesmo clube ter escolhido os mesmos municípios onde organizou a XVI edição.
O Portugal O' Meeting será pontuável para o ranking Mundial e aparece no Alto Alentejo na continuação do Norte Alentejano o' Meeting (NAOM) que se realiza na região desde 2007.
Em 2016, Castelo de Vide irá receber a X edição do NAOM, sendo o evento também pontuável para o ranking Mundial.
O Portugal O' Meeting vai realizar-se de 11 a 14 de Fevereiro de 2017, tendo ainda os dias 09 e 10 de Fevereiro para treinos.
A organização prevê a participação de 2.000 Orientistas provenientes de 30 Países, que vão criar um impacto económico significativo na Região.
Do programa farão parte os seguintes eventos:
Portalegre
- Prova de distância Média
- Prova de distância Longa
Crato
- Prova de distância Média
- Prova de distância Longa
Alter do Chão
- Sprint noturno
- Prova de Orientação de Precisão.
Mais informações sobre o Portugal O' Meeting:
- Site Oficial do NAOM 2016 - Castelo de Vide.
- Página no Facebook do NAOM 2016
- Site oficial do POM 2016 a realizar-se em Penamacor.

- Página no facebook do POM 2016

Portucel Soporcel inaugura 2 unidades de produção em Cacia e Vila Velha de Ródão



Junto enviamos informação sobre a inauguração de duas unidades de produção nos complexos de Cacia e de Vila Velha de Ródão do grupo Portucel Soporcel, um investimento de global de 95,3 milhões de euros.
O grupo Portucel Soporcel, terceiro maior exportador em Portugal e líder europeu na produção de papéis finos de impressão e escrita não revestidos (UWF), inaugurou hoje os seus dois mais recentes investimentos concretizados nos complexos industriais de Cacia e de Vila Velha de Ródão, no valor global de € 95,3 milhões, tendo ainda anunciado um novo investimento de € 120 milhões a realizar até 2017, em Cacia, numa nova linha de produção de papel tissue.

Este conjunto de projectos – a que se juntam, por exemplo, um investimento florestal verticalmente integrado em Moçambique no montante de € 2,1 mil milhões, bem como a construção de uma fábrica de pellets nos EUA no valor de cerca de € 100 milhões – integra o plano de expansão e diversificação de atividades do grupo Portucel Soporcel traçado para os próximos anos, prosseguindo o objectivo de assegurar o crescimento sustentado de uma cada vez mais importante multinacional de raiz portuguesa.

13.10.15

Baja Portalegre 500 com Zona Espectáculo em Nisa - ZE4


ZE 4 – Termas da Fadagosa de Nisa
GPS: (39 31 416N / 07 47 166W)
Horas de passagem 24 Outubro:
1.ª Moto (km 55) – 10h35
1.º Auto SS3 (km 55) – 14h10
A 29ª edição da Baja Portalegre 500 volta a ter uma Zona Espectáculo, a ZE4 no concelho de Nisa.
Designada ZE4 Termas da Fadagosa (entidade patrocinadora) a Zona Espectáculo de Nisa situa-se entre o IP2 e a aldeia de Vila Flor (Amieira do Tejo) no local onde estiveram as antigas pedreiras da Barragem do Fratel e no caminho que conduz à monumental ponte de Vila Flor ou de Albarrol. Presta-se este esclarecimento porque a menção de ZE 4 - Termas da Fadagosa pode levar os amantes desta espectacular modalidade desportiva a dirigirem-se para junto das Termas.
De qualquer modo, aconselham-se todos os adeptos da Baja 500 a documentarem-se devidamente, procurando não só os melhores locais possíveis para assistirem à passagem dos participantes como também os melhores e mais fáceis acessos.
A escolha do melhor local-espectáculo começa, muitas vezes, por estes pormenores.

11.10.15

OPINIÃO: Quanto vale o seu voto?

No passado fim-de-semana (4 de Outubro), houve eleições em Portugal para a Assembleia da República.
Muita gente desconhece que aquele simples acto de colocar uma “cruzinha” no quadrado em frente da sigla do partido que está a selecionar, vale mais do que imagina. Ora vejamos: em primeiro lugar partimos do princípio que o voto em democracia vale o mesmo para todos os eleitores – o princípio de um homem, um voto (desde que não haja abstenções muito elevadas que desvirtuem esse mesmo principio);
Em 2º lugar o voto inútil, ou “sem valor de representação”, que acontece em pequenos círculos eleitorais (como Portalegre), em partidos considerados “fora do sistema”, os quais não servem para eleger deputados.
Em terceiro lugar o voto financeiro, que tem vindo a assumir uma elevada responsabilidade na vida partidária da nossa jovem democracia, desde a lei do financiamento dos partidos políticos em Portugal, que atribui subvenções consoante o número de votos das últimas eleições.
Não vou desenvolver aqui estes três pontos sobre o valor que o voto pode assumir numa eleição, porque tornar-se-ia fastidioso para os nossos leitores. Mas, como a atualidade politica tem-nos surpreendido largamente nestes últimos dias, talvez agora possamos entender melhor o porquê, para o Partido Livre (um dos derrotados nestas eleições) ter lançado um peditório, esta semana, a todos os seus eleitores, para poder pagar despesas de campanha no valor de mais de cem mil euros! Por uma simples razão, não tiveram votos suficientes (cerca de 39 mil) para lhe poder ser atribuída a subvenção estatal.
Cada voto válido introduzido na urna, corresponde atualmente (2015) ao valor de 2.84€.
Podemos fazer um pequeno e simples exercício contabilístico, no caso do círculo eleitoral de Portalegre, em que o resultado foi este:
Como podemos constatar através deste quadro, que apresenta os valores obtidos no círculo eleitoral de Portalegre, por cada partido com direito a receber a subvenção anual (partidos que obtenham mais de 50 mil votos). Assim sendo, através deste círculo eleitoral serão 7 partidos que vão receber cerca de 158 mil euros.
Por exemplo o partido mais votado, neste caso o PS (Portalegre) os seus votos transformar-se-ão numa verba de 71.105,08€ /anual, paga pela Assembleia da República. E mesmo partidos sem assento parlamentar como é o caso do PCTP/MRPP e do PDR, terão direito a receber as suas verbas de 2.842.84€ e 925.84€ respetivamente, neste círculo.
No entanto, sabemos que houve 59.004 votantes, que representam 58,31% dos eleitores inscritos neste círculo eleitoral, mas para efeitos de “valor financeiro” do voto foram apenas contabilizados 55.742, ficando sem direito a qualquer valor cerca de 3.263 votos, dos quais 1.130 são votos em branco e 896 são votos nulos.
Estes são estes alguns dos custos que temos que suportar por viver em democracia, ao qual se devia de acrescer o mesmo grau de transparência no financiamento das campanhas e dos próprios partidos.
O voto é secreto, mas as contas têm que ser públicas!
JOSÉ LEANDRO LOPES SEMEDO

Conselho Nacional de Os Verdes analisou resultados das Legislativas 2015

O Conselho Nacional do PEV fez uma análise aprofundada sobre os resultados das eleições legislativas que decorreram no passado dia 4 de outubro e sobre a atualidade política. Dessa análise destacamos os seguintes pontos:
A Coligação Democrática Unitária (coligação PCP/PEV) obteve mais votos, mais percentagem e mais um mandato para a Assembleia da República, traduzindo uma consolidação que se tem vindo a verificar nas eleições legislativas realizadas no século XXI. Esta consolidação representa uma prova de confiança nas forças políticas que integram a CDU (PEV E PCP) e contribui, ela própria, também para que outras forças políticas que se têm alternado no Governo não tenham conseguido obter maioria absoluta.
Os Verdes não podem deixar de sublinhar a atitude profundamente parcial e discriminatória por parte da comunicação social, que reiterou e acentuou um silenciamento inaceitável em relação à voz dos Verdes no quadro da pluralidade da CDU, enquanto em relação a outras forças políticas deu sempre voz a mais do que um dos dirigentes ou candidatos, nas coberturas feitas em campanha eleitoral.
Os portugueses censuraram e condenaram, através do seu voto, as políticas de austeridade e de empobrecimento prosseguidas pela coligação de direita e expressaram uma necessidade de mudança. Nesse sentido, retiraram a maioria absoluta que coligação PSD/CDS detinha, apesar de todas as manipulações que esta empreendeu sobre a realidade nacional e o futuro próximo (note-se, por exemplo, a indecorosa campanha que construíram em torno de uma hipotética devolução da sobretaxa do IRS, com falseamento de dados).
Face à nova composição da Assembleia da República, torna-se claro que os partidos que se comprometeram, em campanha eleitoral, com uma mudança de políticas detêm, no seu conjunto, a maioria dos deputados. Seria irresponsável, portanto, não atender a este novo quadro parlamentar e fingir que tudo se mantinha igual. Nesse sentido, Os Verdes consideram que os cidadãos expressaram uma vontade para que PSD/CDS não se mantenham no Governo e para que possa surgir uma outra formação governativa.
A verdade, contudo, é que os partidos que apresentaram um compromisso de mudança, perante os eleitores, assentam sobre propostas políticas diferentes e têm programas eleitorais diferenciados. Ainda assim, e face à emergência que se coloca, de pôr fim às políticas de austeridade, Os Verdes estão, como já o demonstraram, abertos a discutir um programa de Governo sustentado em políticas alternativas, que quebre o ciclo de empobrecimento e de travão ao desenvolvimento ambiental, social e económico do país.
Face a esta disponibilidade manifestada pelo PEV, compete ao PS determinar se pretende assumir a responsabilidade de um virar de página formando um governo com políticas adequadas, que os Verdes não inviabilizarão, ou se, à semelhança do que tem acontecido nas últimas décadas, pretende voltar a dar a mão à direita para que esta continue no Governo.
Os Verdes apresentaram ontem, em reunião com o PS, um conjunto de matérias que consideram necessário estarem em cima da mesa para discussão de um próximo programa de governo e para garantirem uma política diferente, atendendo àquela que é a atual situação do país, a saber:
Aceitação do princípio da não privatização do setor da água; discussão da política energética, dando primazia à eficiência e à poupança energética; promoção dos transportes coletivos, em especial com o desenvolvimento do transporte ferroviário; combate às assimetrias regionais; garantia de serviços públicos de proximidade; valorização das funções sociais do Estado (defesa e reforço da escola pública, do serviço nacional de saúde, diversificação de financiamento da segurança social); medidas de incentivo, apoio e dinamização da produção nacional; reforço e investimento na conservação da natureza e da biodiversidade; combate à precariedade no emprego; valorização dos salários, incluindo o aumento do salário mínimo nacional; valorização das pensões de reforma, incluindo o aumento das pensões mínimas; implementação de uma política fiscal justa que tribute em função da capacidade de contribuição de cada um; a revisão urgente de medidas tomadas pelo anterior Governo que se demonstraram um erro crasso (e.g. aumento do IVA na restauração, liberalização da plantação do eucalipto, retrocesso no quadro da interrupção voluntária da gravidez).
Ficaram marcadas mais duas reuniões com o PS (para as próximas 3ª e 4ª feiras), no sentido de pormenorizar e desenvolver o entendimento de políticas que cumpram os objetivos acima enunciados.
Os deputados eleitos pelo PEV (Heloísa Apolónia e José Luís Ferreira) formarão o Grupo Parlamentar Os Verdes na próxima legislatura e, logo no início da sessão legislativa, apresentarão um primeiro pacote de iniciativas legislativas, com matérias determinantes para o desenvolvimento sustentável do país, que oportunamente serão divulgadas. O Grupo Parlamentar Os Verdes continuará de forma firme e determinada a fazer eco parlamentar da realidade do país e das aspirações e anseios das populações, com as quais continuaremos a trabalhar de uma forma muito direta e leal.
Lisboa, 10 de Outubro de 2015
O Conselho Nacional do Partido Ecologista “Os Verdes”

8.10.15

Sport Nisa e Benfica: 80 anos de vida com os olhos no futuro

O Sport Nisa e Benfica comemorou no passado dia 1 de Outubro, 80 anos de existência. Uma noite de fados, realizada no dia 2, serviu para evocar a vida e o historial de um clube desportivo fundado em 1935 que continua a olhar para o futuro, agora com novas e mais elevadas expectativas. A colocação do pavimento sintético no campo de jogos, vem colmatar uma das principais lacunas, e irá permitir que atletas e amantes do futebol disponham de condições ideais para a prática da modalidade.
Este tem sido o principal sonho do presidente da direcção do clube, Paulo Vilela, ciente de que a melhoria de infra-estruturas desportivas poderá constituir o retomar das tradições futebolísticas em Nisa, não apenas nos escalões de formação, como vem acontecendo desde há várias épocas, mas na participação na prova maior da AFP, o campeonato distrital de seniores.
“Esse é, com efeito, o meu maior sonho, enquanto dirigente. Somos o único concelho do distrito que não dispunha de um piso relvado ou sintético e em Novembro, como espero, iremos concretizar esse objectivo” – confirmou o presidente.
Para que tal empreendimento fosse possível, a autarquia nisense estabeleceu um contrato com a empresa Playpiso S.A., que tem procedido à preparação do terreno no Campo de Futebol D. Maria Gabriela Vieira, uma obra com o valor global de 176.970 euros e que engloba, entre outros, trabalhos de drenagem, instalação de sistema de rega e colocação de relva sintética e equipamentos essenciais para a prática do futebol, de acordo com as regras definidas pela FPF para jogos nacionais, obra que se estima estar concluída em Novembro.
A obra de colocação do piso sintético obrigou ao estabelecimento de um acordo com o Município, cedendo o clube os direitos de utilização do campo de jogos à autarquia por um período de 25 anos, com uma cláusula que salvaguarda o retorno à posse do clube, ficando o recinto a ser considerado de âmbito municipal e com um regulamento de utilização, a ser ultimado pela autarquia.
“ Foi a forma encontrada para resolver esta situação, que há muito poderia estar resolvida - explica Paulo Vilela. Até à conclusão da obra temos que ir treinar e disputar os jogos em Tolosa. Juntamos o útil ao agradável, apesar de ser mais dispendioso, pois há crianças de Tolosa a jogar nas equipas de formação (traquinas, benjamins e infantis) do Nisa e Benfica. Este ano, devido aos condicionalismos das obras tivemos que reduzir o número de atletas e de competições. Habitualmente, juntamos quase uma centena de crianças e jovens em competições e convívios desportivos.”
Um clube com grande historial
A história do Sport Nisa e Benfica remonta ao longínquo ano de 1935, quando um grupo de jovens, adeptos do Benfica, tomou a iniciativa de criar uma nova colectividade que rivalizasse com a do Sporting.
A fundação do clube, com o nome inicial de Sport Lisboa e Nisa, data de 1 de Outubro de 1935, dando corpo ao sonho dos nisenses Isaac Araújo Baptista, José da Piedade Pires, Esteves da Anunciada Cebola e António Maria Carolo.
Em 13 de Janeiro de 1936, é eleita a primeira direcção, dela fazendo parte: o médico António Granja, José da Piedade Pires, Vicente Fernandes Nogueira, Eduardo Dinis Filipe, Esteves da Anunciada Cebola, José da Graça Sena, José Carita Serralha, João da Cruz Charrinho, Virgílio Pinheiro, João da Cruz Charrinho e António Semedo da Piedade.
A primeira sede instalou-se numa casa alugada na Rua da Fonte; anos mais tarde e também por arrendamento, transferiu-se para instalações muito mais amplas, na Estrada de Alpalhão (rua 25 de Abril), onde tinham lugar, em datas certas, grandes bailes populares, iniciativas destinadas a obter de receitas para o clube e principal razão de angariação de sócios.
Em 1946 e por força da determinação do Sport Lisboa e Benfica, o clube passou a designar-se com o nome que tem hoje, Sport Nisa e Benfica, tornando-se na 39ª filial do clube lisboeta, sendo actualmente a 9ª filial do SLB.
 Os jogos da bola e os bailes no “Galocha”
Não se pode falar do Benfica de Nisa, sem aclarar a memória dos célebres bailes que decorriam na sua sede. Se no início eram os jogos de futebol com o rival Sporting, sem qualquer espírito de competição oficial e disputados no campo do Alto de Palhais, os bailes populares, constituíam as mais importantes manifestações colectivas num tempo em que na vila (e no país) as colectividades espelhavam a divisão inter-classista existente. Abertos a camponeses, operários e artistas, sem distinção, os bailes no Benfica eram conhecidos como os bailes do “Galocha”, para vincar o seu carácter profundamente popular e rural (dos trabalhadores do campo) em compita com outras agremiações como a Sociedade Artística (dos "artistas") ou o Clube Nisense, “poiso” de uma burguesia local e regional, que não admitia “misturas”.
Com este quadro, fácil é perceber que o Nisa e Benfica fosse a associação com maior número de sócios e também de actividades, e profundamente enraizada entre a população.
O atletismo praticou-se durante alguns anos, bem como o ciclismo, uma modalidade muito popular durante os anos cinquenta e sessenta do século passado.
É no início da década de 60 que o Sport Nisa e Benfica participa pela primeira vez em provas oficiais de futebol.
Aos “distritais” de seniores, seguiram-se os juniores, os principiantes, e todas as demais categorias do futebol jovem, não só a nível distrital, mas também nacional, em seniores (3.ª Divisão) e juniores (campeonato nacional) numa caminhada que não mais parou e que todos os anos se renova, tanto a nível de novos atletas, como nas provas e objectivos com que se participa. Entre estes e num concelho que sofre os problemas da interioridade e da desertificação, assume relevo a ocupação salutar das crianças e dos jovens, a educação no espírito e respeito pelo “fair play”, valores alternativos aos mundos subterrâneos da droga e do vício e que, geralmente, constituem becos sem salda.
A par do futebol, o Sport Nisa Benfica manteve em actividade, secções de cicloturismo, andebol e futsal, funcionando como secções autónomas e sem encargos para o clube. No futsal, conquistou o primeiro campeonato distrital organizado pela AFP tendo sido, aliás, um dos precursores desta modalidade, hoje tão popular no distrito. Outro tanto se passa com a equipa de futebol de veteranos (Velhas Guardas) que percorrem país, com total autonomia e auto financiando-se.
Além destas actividades e num espírito recreativo, o Sport Nisa e Benfica organiza regularmente torneios de pesca desportiva ou de futebol de salão, bailes da pinhata e de Natal, festas de Verão, Milha de S. Silvestre (atletismo), o Passeio de Pais Natal de Bicicleta ou o jantar de Natal, e outros visando quer a obtenção de fundos, quer, acima de tudo, a dinamização desportiva e o convívio entre associados.
Valorização do património
O Sport Nisa e Benfica dispõe de sede própria na Rua 25 de Abril, e de Campo de Jogos, com o nome de D. Maria Gabriela Vieira, a benemérita nisense que doou ao clube, sem qualquer contrapartida, uma extensa propriedade, na qual está implantado o campo de futebol (105x65 m) balneários e anexos de ampla dimensão.
A sede do clube passou por obras de remodelação e dispõe, hoje, de melhores condições para os sócios e para a população que utiliza o salão para a realização de diversas festas de convívio ou familiares.
A valorização do património é objectivo que não tem sido esquecido pelos diversos elencos directivos que têm gerido o clube.
Reconhecendo a importância do clube na promoção do desporto no concelho, a Câmara Municipal de Nisa atribuiu-lhe a Medalha de Mérito Municipal em Outubro de 1995.
Em 5 de Outubro de 1998 foi inaugurada pelo então Secretário de Estado do Desporto, Miranda Calha, a primeira fase da bancada (lateral) e dois anos mais tarde foi construída a bancada central no Campo de Jogos, incluindo a mesma uma cabine para a comunicação social, melhoramentos que transformaram de modo significativo o conjunto de estruturas e equipamentos do Sport Nisa e Benfica, foram conseguidos por força de uma enorme dedicação dos seus dirigentes e associados.
A colocação do piso sintético será a “cereja no topo do bolo”.
“Não sei, mas acho que me vou emocionar bastante neste dia. Não apenas pela concretização deste sonho, de muitos anos, mas porque ao lutar pelo mesmo ouvi muitas coisas desagradáveis, de pessoas que esquecem que damos o melhor que podemos e sabemos por um ideal, o do clube, à margem de politiquices que nada acrescentam e que nada nos trazem de positivo. O clube completou 80 anos de existência, uma idade que deve ser orgulho para todos os nisenses, com um historial brilhante e que fala por si.
Com a implantação do sintético, vamos ter novas e melhores condições, queremos chamar mais atletas e desenvolver uma modalidade que foi sempre o orgulho da nossa terra.
O Nisa e Benfica tem 300 sócios, muitos ainda têm esperança no retorno do futebol sénior. Por mim, farei todos os possíveis para que tal aconteça, em condições viáveis, sem loucuras e no respeito pelas disponibilidades monetárias do clube.”
Um leão no reino da águia 
Paulo José Ribeirinho Vilela Mendes, 43 anos, funcionário público, é o presidente do Sport Nisa e Benfica, cargo que exerce há 3 mandatos e que tem acumulado com o de treinador de escalões jovens.
Questionado sobre a sua dupla “cor” clubística não tem dúvidas em afirmar. “Sou sportinguista, vibro com as vitórias leoninas, mas foi neste clube que me formei como jogador, como homem, como dirigente e como técnico de futebol. Foi nesta casa que o meu pai jogou, este é o clube da minha terra, pelo qual o meu avô vibrou em tantas e tantas horas inesquecíveis e por isso, digo que, como nisense é um grande orgulho servir um clube com tão longa vida e brilhante historial”.
“Águias” e “leões” à parte, o amor ao clube que sempre conheceu desde criança falou mais alto, constituindo um exemplo nos tempos que correm.
 Um clube “recheado” de êxitos
1975/76 – Campeão Distrital de Futebol (seniores)
1976/77 – Participação no Campeonato Nacional da 3ª Divisão
1977/78 – Campeão Distrital de Futebol (seniores)
1978/79 – Participação no Campeonato Nacional da 3ª Divisão
1979/80 – Campeão Distrital de Futebol (seniores)
1980/81 – Participação no Campeonato Nacional da 3ª Divisão
1981/82 – Campeão Distrital de Futebol (seniores)
1982/85 – Participação no Campeonato Nacional da 3ª Divisão
1986/87 - Campeão Distrital de Futebol (seniores)
1987/88 – Participação no Campeonato Nacional da 3ª Divisão
1998/99 - Campeão Distrital de Futebol (seniores) – 2ª Divisão
1998/99 – Vencedor da Taça AFP (seniores)
1999/00 - Campeão Distrital de Futsal (seniores)
2000/01 – Participação no Campeonato Nacional de Futsal (3ª Divisão)
2002/03 – Campeão Distrital Infantis
2003/04 – Vencedor da Taça AFP (Infantis)
2003/04/05/06 – Vencedor da Taça AFP Iniciados
2004/2005 – Vencedor da Taça AFP Juvenis
2008 – Ricardo Mateus em representação do Sport Nisa e Benfica é campeão nacional de corta-mato (juniores).
Mário Mendes in "Alto Alentejo" - 7/10/2015