30.9.16

X Encontro das Gerações de Ródão

A autarquia de Vila Velha de Ródão convida o Vosso órgão de comunicação social a estar presente, no próximo dia 8 de outubro, no Parque de Campismo e Caravanismo de Vila Velha de Ródão, para assistir ao programa do X Encontro das Gerações de Ródão. (ver programa abaixo e cartaz em anexo)
 08 de outubro // X ENCONTRO DAS GERAÇÕES DE RÓDÃO
Local: Parque de Campismo
 Programa
10h00 | Atividades com crianças (5-12 anos)
10h30 | Receção com grupo Concertinas da Carapalha
11h45 | Intervenção Presidente Câmara Municipal V. V. Ródão, Dr. Luís Pereira
12h00 | Missa acompanhada pelo Coro ESART – Prof. Raimundo e Profª Filomena
13h00 | Almoço
14h30 | Animação musical – Artur e Márcia
17h00 | Encerramento

 Organização: Autarquia V. V. Ródão

OPINIÃO: Morre Shimon Peres, homem da “paz dos cemitérios”

As declarações de líderes globais sobre a morte do israelense Shimon Peres ontem (27), aos 93 anos, demonstram a paz colonial que defendem para a Palestina. Peres não foi um “homem da paz”; usava essa retórica a serviço do projeto sionista – no qual teve papel decisivo. Projeto de expulsão da população nativa palestina para constituição de Israel como um estado judeu.
Nascido na Polônia em 1923 e tendo imigrado para a Palestina em 1930, ele pertencia à ala dos chamados “sionistas trabalhistas” – que não se diferenciavam dos “revisionistas” em suas ações e propósitos, mas procuravam se distinguir desses últimos no anúncio claro de suas pretensões coloniais. Uma escola que Peres ajudou a criar e foi fiel por toda a vida. Era discípulo do fundador de Israel, David Ben-Gurion. Dizia-se “Ben-gurionista”. Junto com sua liderança máxima, Peres foi um dos arquitetos da limpeza étnica que culminou na nakba (a catástrofe palestina) há pouco mais de 68 anos e compôs a principal mílicia paramilitar, a Haganá, responsável por atrocidades incontáveis nas aldeias palestinas. Reivindicava que essas forças confirmavam a “pureza das armas”. E mesmo ao fim de sua vida, em uma declaração em 2013, reviveu o velho e hoje desacreditado mito de “uma terra sem povo para um povo sem terra” – ou seja, uma representação de que os palestinos eram um não povo. Uma desumanização lógica para quem tem em seu currículo uma extensa participação em massacres.
Nessa lista está a ordem dada ao massacre em Qana, no Líbano, em 1996, que resultou no assassinato de 154 pessoas – sob o argumento recorrente e mentiroso de defesa de Israel, muito utilizado em períodos pré-eleitorais como o que Peres enfrentava naquele momento. Defensor da política de assentamentos israelenses desde seu início e do cerco assassino a Gaza, foi durante seu governo que ocorreram as ofensivas genocidas à estreita faixa em 2008-2009 e 2012 – em meio à última, no ano de 2014, deixou a Presidência, não sem antes autorizá-la. Tem ainda em seu histórico a arquitetura do programa nuclear israelense, a ordem de sequestro do químico Mordechai Vanunu após denunciar tal programa ao mundo e a colaboração com o apartheid na África do Sul – chegou a oferecer ajuda nuclear a esse regime em 1975.
Nessas quase sete décadas, foi primeiro-ministro de Israel por duas vezes, presidente de 2007 a 2014, ocupou 12 gabinetes e teve passagens pelos ministérios da Defesa, dos Negócios Estrangeiros e das Finanças. Laureado com o prêmio Nobel da Paz em 1994, juntamente com Yitzhak Rabin e Yasser Arafat por seu papel fundamental na consolidação dos malfadados Acordos de Oslo em setembro de 1993 – uma segunda nakba para os palestinos, como se comprovou ao longo da história -, tem nesse um de seus grandes feitos. A realidade de Oslo – como afirmou o intelectual palestino Edward Said à época, o Tratado de Versalhes da causa palestina - demonstra que tipo de paz Peres defendia e pretendia. Uma pacificação com dependência econômica integral da Autoridade Nacional Palestina (ANP), consequente cooperação de segurança com o Estado de Israel e normalização de relações em meio ao apartheid e ocupação de terras palestinas. Contra essa “paz”, a resistência palestina. A Peres, resta o cemitério da história dos assassinos e colonizadores.
Fontes:
http://www.aljazeera.com/news/2016/01/israel-elder-statesman-shimon-peres-dead-93-160128070510467.html
https://noticias.terra.com.br/mundo/oriente-medio/dirigentes-mundiais-comparecerao-ao-funeral-de-shimon-peres-em-jerusalem,a71b928b122e920d297eddf285bad9f6ow84x2ci.html
https://www.middleeastmonitor.com/20160928-shimon-peres-israeli-war-criminal-whose-victims-the-west-ignored/
* Soraya Misleh, diretoria do ICArabe, é mestre em Estudos Árabes pela USP.

NISA: Feira de S. Miguel a 9 de Outubro


29.9.16

NISA: Caminhada assinala Dia Mundial da Alimentação



Investigadores resgatam fósseis com 120.000 anos na Costa Alentejana

Técnico do Museu Geológico de Lisboa prepara molde das pegadas de elefantes encontradas na Praia do Malhão para posterior realização de réplica em laboratório.
Os últimos invernos têm sido nefastos para os fósseis de pegadas de animais encontrados na costa alentejana, entre Porto Covo e Vila Nova de Milfontes, concelhos de Sines e Odemira, respectivamente. Trata-se de um raro e importante registo de pegadas de mamíferos, que inclui alguns dos últimos vestígios da presença de elefantes na Europa continental, e que datam desde há mais de 125.000 anos até à última glaciação, que extinguiu muitos grandes mamíferos, com parentes hoje apenas presentes na Ásia e em África. “Da mesma forma que o mar tem contribuído decisivamente para novos achados, destruindo as arribas plistocénicas, a sua acção erosiva incessante reduz, em pouco anos, grandes rochedos areníticos com fósseis a areia, se não for tomada nenhuma medida de proteção deste património” refere Carlos Neto de Carvalho, paleontólogo e coordenador científico do Geopark Naturtejo – Geoparque Mundial da UNESCO, responsável pela descoberta e estudo deste registo paleontológico único em Portugal. As autoridades locais e o ICNF têm sido alertados pelos investigadores para a necessidade de se tomarem medidas para o resgate daqueles fósseis, que possam ser transportados desde a zona costeira para incluírem o acervo museológico local, ou para a sua proteção no local dos rigores do inverno e da acção das ondas e das marés. “Acreditamos que um dos mais belos registos de pegadas do Elefante-das-Florestas (Elephas antiquus), que nos permite saber um pouco mais sobre o modo de vida destes grandes animais hoje extintos, possa não resistir a mais um inverno, com o colapso da arriba costeira sobre este”, afirma o paleontólogo. As marcas das intempéries já estão presentes no grande rochedo com trilhos de pegadas de elefantes que se encontra na Praia do Malhão, começando a afectar os fósseis. Por essa razão, o investigador com o apoio do Museu Geológico de Lisboa esteve no terreno esta semana para monitorizar os sítios com pegadas do Sistema Dunar do Malhão, que se estende desde a Ilha do Pessegueiro a Vila Nova de Milfontes, tendo o técnico daquela instituição afecta ao Laboratório Nacional de Energia e Geologia, José Anacleto, realizado réplicas idênticas das pegadas mais importantes. “Assegura-se que não se perde o conhecimento científico na sua totalidade, fazendo cópias exactas que estarão permanentemente disponíveis para estudo no Museu Geológico de Lisboa, mas é uma pena e uma perda irreparável que não se conserve e valorize este património natural tão raro, na região onde foi encontrado, contribuindo assim para a oferta educativa disponível para as escolas locais e para o reconhecimento internacional da zona”, frisou o especialista.
Fonte: Naturtejo

Verdes persistem na reposição urgente da Linha do Leste

Uma delegação da direção nacional e do coletivo regional de Portalegre do Partido Ecologista Os Verdes vai reunir amanhã com a direção da União dos Sindicatos do Norte Alentejano.
Esta reunião, solicitada pelo Os Verdes à direção da União de Sindicatos, tem por objetivo abordar as questões da Robinson, nomeadamente os problemas para alguns trabalhadores decorrentes da insolvência da empresa, e as medidas de salvaguarda do património.
Os Verdes pretendem ainda abordar com a União de Sindicatos a demora que está a ocorrer na reposição do transporte de passageiros na Linha do Leste e dar a conhecer as iniciativas que pretendem tomar sobre esta matéria.
Pelas 11.30h, à porta da sede da União dos sindicatos do Norte Alentejano, na cidade de Portalegre, Os Verdes prestarão declarações, para as quais convidam desde já os senhores e senhoras jornalistas e tornarão pública a iniciativa que os Verdes vão promover para exigir a reposição rápida do transporte de passageiros na Linha do Leste.
Pela tarde às 14.30h, Os Verdes reunirão no mesmo local com o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses a pedido deste para abordar questões relacionadas com os profissionais que representam.

O Partido Ecologista “Os Verdes”

27.9.16

NISA: Sessão da Assembleia Municipal na sexta-feira

NISA: Para que serve a Assembleia Municipal?
A resposta deixo-a ao cuidado de cada um dos visitantes do Portal de Nisa. A pergunta tem toda a legitimidade face aos constantes atropelos da Lei cometidos pelo órgão deliberativo do Município, que tem como principal incumbência, imagine-se, a Fiscalização do órgão executivo (Câmara Municipal). Como já aqui deixei escrito, pergunto: como pode levar a bom termo essa missão (Fiscalização da actividade da Câmara Municipal) se a própria Assembleia Municipal não se fiscaliza a si própria, isto é, não cumpre minimamente, as tarefas que a lei lhe incumbe? Entre estas, a de publicitar, em tempo útil, as suas deliberações. E, neste aspecto particular, a Assembleia Municipal de Nisa não prima pela transparência e bem pode candidatar-se ao Guiness do laxismo. A última acta (ou Ata, que não desata...) publicada no site do Município é de?????????????? 27 de Abril de 2015. 
Perante esta situação, penso que não há mais comentários a fazer. No fim do ano virão os gráficos e as classificações onde se mostra, para "inglês" ver, que o Município é o campeão da (in)transparência.
Que a Santíssima Trindade nos valha...


NISA: Festival Internacional Acordeão


17.9.16

Sentir o rio, viver a terra em Vila Velha de Ródão


O Passado e o Futuro do rio Tejo
A Conferência Alto Tejo Português e Tejo Internacional realiza-se dia 12 de outubro de 2016, na Casa de Artes e Cultura do Tejo, em Vila Velha de Ródão, resultado de uma parceria entre o município de Vila Velha de Ródão, a Associação de Estudos do Alto Tejo e a Tagus Vivan.
Na preparação do Congresso do Tejo III, pretende-se um debate e reflexão sobre valores naturais e culturais do corredor fluvial Vila Velha de Ródão e Alcántara. Salientando a necessidade de um plano estratégico para a proteção e valorização do rio Tejo, as potencialidades que o rio e a sua bacia hidrográfica possuem para a navegabilidade comercial, turística e desportiva.
A participação nesta conferência é gratuita, mas de inscrição obrigatória, devendo ser oficializada pelo email: altotejo@gmail.com, ou diretamente na página disponível em: https://docs.google.com/forms/d/1zjh1uhJeZvK52nqP-RlfAaiqe9ENbiN-sUlTos81WxA/edit#responses, até dia 10 de outubro.

16.9.16

AMIEIRA DO TEJO: Festa da Senhora da Sanguinheira é para continuar

Foi nos dias 9, 10 e 11 de Setembro de 2016 que teve lugar a Festa da Nossa Sra. da Sanguinheira em Amieira do Tejo. Este ano apesar de mais fraca a festa, o importante é que se realizou graças àqueles que não cruzaram os braços e não desistiram de manter firme esta tradição, contando também com a presença dos filhos da Terra e muitos dos amigos desta também, residentes e não residentes, que não quiseram deixar de estar presentes para a celebração da tão amada e desejada procissão da Sra. da Sanguinheira.
Na praça do Castelo de Amieira, realizou-se o tradicional baile nas noites de sexta e sábado, onde houve muita dança, comes e bebes, e bastante animação. Teve ainda lugar muitos encontros e reencontros com aqueles que amamos, sentimos saudades e à muito que não víamos, tudo isto, misturado com lágrimas de alegria.
 Com muita pena, não houve a tourada que a tantos faz vibrar dos que se dirigem a esta festa e delas faz parte, mas com certeza este ano não foi oportuno… quem de direito lá saberá o porquê e terá as suas razões. Daí que eu e tantos outros vamos acreditar que esta tradição não vai acabar e para o ano a nossa amada tourada se vai voltar a realizar.
 Com isto, todos nós só teremos de marcar a nossa presença ano após ano para que esta festa não venha a acabar. Um grande bem-haja a quem possibilitou a realização da festa, a quem deu o corpo ao manifesto e a todos os presentes, pois apesar de mais curta ela realizou-se com a boa vontade e compreensão de todos.
 O principal ponto alto e de interesse foi claro a procissão em honra da Nossa Sra. da Sanguinheira, que mais um ano contou com a presença de muitos rostos conhecidos de todos os anos, em mais um ato de fé, amor e enorme beleza!
A todos um bem-haja e até para o ano se Deus quiser... À Amieira do Tejo iremos sempre voltar!!!
Ana Paula Mendes Nunes da Conceição Horta.

Comunicado da USNA sobre o arranque do ano lectivo nas escolas do distrito de portalegre

"A União dos Sindicatos do Norte Alentejano deseja um excelente arranque do ano lectivo a todos os trabalhadores das escolas do distrito de Portalegre.
Consideramos lamentável, no entanto, que falhas de planeamento continuem a ter efeitos visíveis nas condições materiais apresentadas por algumas escolas, como foi o caso das escolas básicas do Atalaião e dos Assentos, no concelho de Portalegre, severamente afectadas pela chuva forte que atingiu a nossa região na madrugada de 12 para 13 de setembro, devido ao facto de se encontrarem temporariamente sem telhado em sequência das obras de remoção do amianto.
Não podemos deixar de valorizar a remoção das placas de fibrocimento nestas escolas, situação para a qual toda a comunidade escolar veio alertando ao longo dos anos. Pena é que os meses de Julho e Agosto tenham passado sem que esta obra fosse concluída e todo o telhado reposto. Foi-se a oportunidade de desenvolver os trabalhos com as escolas vazias e sem o risco da chuva, que como se sabe pode dar sempre o ar da sua graça no final do Verão. E foi o que aconteceu. O resultado: escolas inundadas, instalações eléctricas danificadas e obras que decorrerão já dentro do período lectivo perturbando o seu normal funcionamento. Foi graças à capacidade de organização e à prontidão de todos os trabalhadores destas escolas que foi possível criar condições para cumprir o calendário escolar.
Sempre do lado dos trabalhadores do distrito de Portalegre, a USNA/CGTP-IN deixa ainda uma palavra solidária a todos aqueles que executam a habitual ginástica orçamental para que os seus filhos acedam ao seu direito à educação. A gratuitidade dos manuais escolares para o primeiro ano de escolaridade foi uma medida positiva, consequência da mudança política conseguida em Outubro de 2015, provando uma vez mais que para a implementação de novas políticas que conduzam a efectivação de uma escola pública, gratituita e universal, à valorização do trabalho e dos trabalhadores é determinante a organização e a luta."
A Direção Regional da USNA/CGTP-IN

Apenas 46 em 308 municípios portugueses aderem à Semana Europeia da Mobilidade

Quercus e Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta pedem mais incentivos a formas de mobilidade alternativas ao automóvel
Em vésperas de arrancar mais uma Semana Europeia da Mobilidade (SEM), que decorre entre 16 e 22 de setembro, envolvendo quase 2000 cidades, a Quercus e a Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta aplaudem e destacam algumas iniciativas, embora lamentem que apenas 45 dos 308 municípios portugueses tenham ações registadas na página oficial desta iniciativa (http://mobilityweek.eu).
Sob o tema ‘Mobilidade inteligente. Economia Forte’, a edição deste ano da SEM reforça a importância de um correto planeamento e de uma utilização racional dos transportes para a economia local. Tratando-se do maior evento europeu relacionado com mobilidade sustentável, temos contudo assistido nos últimos anos a uma redução da adesão por parte dos municípios portugueses e a um decréscimo da aplicação de medidas de carácter permanente, que extravasem o contexto simbólico e comemorativo da SEM.
 Iniciativas previstas nos próximos dias
 A nível nacional, destacam-se, no entanto, algumas iniciativas, como a 6ª edição do ‘Bike to Work’, organizada amanhã, 16 de setembro, pela Lisboa E-Nova – Agência de Energia e Ambiente de Lisboa e a Câmara Municipal de Lisboa, com o apoio da Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (FPCUB) O objetivo é que as empresas incentivem os seus trabalhadores a deslocarem-se de bicicleta para o seu local de trabalho.
Ainda em Lisboa, a FPCUB irá promover, no próximo domingo, 18 de setembro, o Bicla Fest – Lisboa Ciclável, com um percurso de bicicleta pela zona ribeirinha a partir do Terreiro do Paço, pelas 8h30, a par de outras atividades. A FPCUB organizará, igualmente, no próximo dia 21 de Setembro, a partir das 17 horas, a cerimónia pública de entrega da 11ª Edição do Prémio Nacional “Mobilidade em Bicicleta”, cerimónia que tem lugar no Auditório Mar da Palha – Oceanário de Lisboa. O Prémio Nacional “Mobilidade em Bicicleta” visa reconhecer publicamente o contributo de determinadas entidades ou pessoas individuais que tenham promovido a utilização da bicicleta nas suas múltiplas vertentes, através da criação ou melhoria de condições e facilidades em Portugal e/ou da divulgação de iniciativas fomentadoras do uso deste veículo não motorizado.
 Do outro lado do rio, em Almada, decorre amanhã, 16 de setembro, o Fórum Global Ecomobilidade, que irá debater as soluções para reinventar a mobilidade urbana
A cidade de Aveiro destaca-se, novamente, pela diversidade de ações previstas no âmbito da SEM, muitas das sob a chancela do ‘CiclaAveiro’, um grupo de cidadãos que tem vindo a promover a utilização da bicicleta como meio de transporte no dia-a-dia.
Menos automóveis nas cidades
A Quercus e a FPCUB consideram que a aposta na mobilidade sustentável implica o investimento em medidas e serviços que tornem atrativa a substituição ou complementaridade do automóvel com outros meios de transporte não poluentes:
 - pela criação de incentivos à integração das bicicletas e veículos elétricos nas frotas das empresas, públicas e privadas (veja-se o exemplo dos CTT);
- pelo alargamento a mais instituições do país de iniciativas que promovam a utilização da bicicleta no meio universitário, nas deslocações de e para casa (veja-se o exemplo do Projeto U-Bike Portugal, que irá integrar bicicletas elétricas e convencionais em 15 instituições do ensino superior);
 - pela implementação de medidas de segurança rodoviária para os utilizadores de bicicleta, não esquecendo a importância de sensibilizar todos os utentes das vias públicas para as novas regras do código da estrada, no sentido de reduzir os conflitos e sinistralidade;
- pela criação e manutenção de sistemas de bicicletas públicas partilhadas de uso gratuito (de que são exemplo os municípios de Aveiro, Murtosa e Torres Vedras), de modo a que possa ser utilizado como meio de transporte diário e não apenas como forma de lazer e turismo;
- contrariando o desinvestimento nas redes dos vários transportes coletivos (metropolitano, autocarros, barco e comboios urbanos e suburbanos), que tem conduzido à deterioração das infra-estruturas e veículos; à supressão de horários e do número de serviços;
 - pelo alargamento dos sistemas intermodais de transporte a zonas suburbanas ainda a descoberto (veja-se o caso do Andante, na Área Metropolitana do Porto, que prevê abranger já este mês mais 36 linhas de autocarros).
 Escolhas locais com repercussão global
 Os impactes já visíveis das alterações climáticas estão a forçar as cidades, não só em Portugal, mas um pouco por todo o mundo, a repensar as suas estratégias de mobilidade, afastando-se de modelos centrados no automóvel individual.
Em Portugal, os transportes (em particular, o rodoviário) são responsáveis por mais de um quarto das emissões de gases com efeito de estufa, para além de outros poluentes com impacto na saúde humana.
Segundo um relatório recente da Organização Mundial de Saúde, a poluição atmosférica com origem nas atividades humanas, designadamente na indústria e na circulação automóvel, é responsável pela morte prematura de cerca de três milhões de pessoas por ano em todo o mundo.
Urge, portanto, inverter este rumo e, em linha com os compromissos climáticos de redução das emissões de GEE assumidos no âmbito do Acordo de Paris, investir em estratégias de mobilidade de baixas emissões, com vista à descarbonização dos transportes.
Lisboa, 15 de setembro de 2016
A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza
A Direção da Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta

15.9.16

13.9.16

NISA: Freguesia de S. Matias assinala Dia do Idoso


NISA: Rock em Stock no "Jerónimus Bar"


DO ALTO DO TALEFE (13): O Gato

Tenho um gato. Sena de nome, por ter nascido no mesmo dia em que um famoso corredor de automóveis morria de acidente.
Europeu de raça, este gato é afamado na caça aos ratos e aos pardais.
Tão lesto na caçada como o é na fuga diária à frente da cadela boxer, cujo instinto visceral ultrapassa a amizade que os anos de convivência pudessem ter criado.
Numa visão da sua última caçada, enquanto ele se deliciava com a presa ( um jovem pardal que experimentava a arte do voo), relembrava-me do provérbio chinês: “Não interessa a cor do Gato, interessa é que ele cace os ratos”.
Com o amortecimento da luta ideológica, muito por culpa da queda do muro de Berlim, das transformações a Leste e da coabitação do comunismo e do capitalismo na China, o pragmatismo tem-se imposto.
Os governos europeus reúnem-se em Comunidade cada vez mais alargada e as discussões de ordem económica e social tendem a fazer esquecer as ideologias.
Problemas de desenvolvimento económico e políticas de combate ao desemprego interessam mais do que a cor de quem as implementa.
Nas autarquias portuguesas, o eleitor de forma simples diz que não interessam os partidos, o que interessa é a pessoa a quem se dá o voto.
No governo do país, vemos um partido no poder iniciar grandes obras. Por exigência da rotatividade democrática outro partido que o substitui continua e conclui essas obras, em conflitos.
Culpa da ideologia consumista alicerçada nos novos templos (hipermercados e centros comerciais) e veiculada pela poderosa indústria publicitária, ou capitulação dos dirigentes políticos aos interesses mais imediatos?
Talvez as duas razões em conjunto, a verdade é que o pragmatismo invadiu o nosso dia a dia, sendo raras as excepções em que os princípios e os valores se impõem.
Será então por isso que, confrontado com a necessidade de escolher entre um gato branco e um gato cinzento, tivesse optado por este último que veio a adquirir o nome do Ayrton Sena.
Sem princípios nem valores, este gato é temível, tanto junto da comunidade pardalista como da ratícula.
De pé, junto ao talefe espraiando a vista para lá do horizonte, estremeço ao pensar que  o pragmatismo dos dirigentes possa dar continuidade ao esquecimento dos valores e dos princípios.
Zé de Nisa –Jornal de Nisa nº 8 - 29 Abril 1998

BTTSOR no ION Powerade Madrid Lisboa 2016



Ponte de Sor vai ter representação na maratona de BTT mais dura do mundo. Duas equipas do BTT Sor, com o apoio do município, aceitaram o desafio e propõe-se a percorrer os mais de 770km que separam as capitais ibéricas.
Desde a primeira edição que a cidade de Ponte de Sor constitui uma das "estações de hidratação" da prova, um local de assistência às centenas de atletas que se atrevem a participar nesta grande aventura. Este ano, além de apoiantes, serão também participantes. É esperada a passagem dos participantes em Ponte de Sor entre as 11h00 do dia 02 de Outubro e as 09h00 do dia 03 de Outubro.

12.9.16

Campeonato Nacional de Motonáutica em Ródão

Nos dias 23, 24 e 25 de setembro vai decorrer no Cais de Ródão o Grande Prémio para o Campeonato Nacional de Motonáutica, um evento organizado pela Federação Portuguesa de Motonáutica com o apoio da autarquia de Ródão.
No dia 23 entre as 15h00 e as 18h00 vai decorrer a acção PNDpT. No dia 24 às 9h00 decorrerão as inscrições Fórmula Futuro, seguidas de reunião de reunião de pilotos e treinos. Às 14h e às 15h30 vai decorrer a exibição de Radiocontrolados e entre as 14h30 e as 17h30 iniciam-se as provas. O programa de sábado encerra com a cerimónia de entrega de prémios Fórmula Futuro.
No dia 25 de setembro, Domingo, durante a manhã acontecem os treinos livres e cronometrados e à tarde realizam-se as mangas das categorias PR750/T 850/F4 e exibição de Fórmula 1, seguindo-se, pelas 17h30, a cerimónia de entrega de prémios.
A autarquia de Ródão ao apoiar esta iniciativa pretende potenciar o rio Tejo e dinamizar aquele local de forma a dar a conhecer ao público os recursos naturais de excelência que este território detém.

Colocações no Politécnico de Portalegre garantem crescimento global do número de alunos

Na 1ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior de 2016, o Instituto Politécnico de Portalegre vê colocados 233 novos estudantes (taxa de colocação de 46%).
Os cursos de Jornalismo e Comunicação, Design de Animação e Multimédia e Enfermagem mantêm um índice significativo de procura. Pelo contrário, são os cursos de regime pós-laboral e das áreas das Tecnologias e da Agronomia que continuam a registar menor procura.
Não obstante os resultados da 1ª fase do concurso nacional, a taxa de preenchimento das vagas iniciais já atinge 77%, considerando o acréscimo de 160 novos alunos que ingressam em licenciaturas, por via dos concursos especiais (onde se inclui o Concurso para Candidatos Maiores de 23 anos e as vagas para titulares de Cursos Superiores), Regime de Reingresso, Mudanças de Curso e Transferências, bem como de Estudantes Internacionais.
Para além da oferta formativa de 1º ciclo (licenciaturas), está a decorrer o período de candidaturas aos cursos de 2º ciclo (mestrados) e aos cursos técnicos superiores profissionais, sendo que já foram colocados 144 novos alunos em CTeSP.
Desta forma, é expectável que o número global de alunos do Instituto Politécnico de Portalegre cresça, relativamente ao ano anterior.
Os candidatos da segunda chamada dos exames e os candidatos que não foram colocados na 1ª fase do concurso nacional deixam-nos com boas expetativas para o crescimento global dos números agora apresentados.

Não podemos ignorar, ainda assim, que o distrito de Portalegre é aquele que continua a apresentar o menor número de candidatos ao ensino superior.

NISA: Morreu o "Dadinho", exemplo de querer e determinação

Naquele tempo, no imenso largo do Rossio, havia árvores, não muitas - prestando vassalagem ao imponente eucalipto, hoje em fase decrépita -; havia risos de crianças, muitos, pés-descalços, jogos da bola, feitas com meias velhas e farrapos, jogos do monta-cavalo, da pata e do pião. A fonte estava ali, próxima, para matar a sede e lavar as mazelas de alguma refrega menos contida. A imensidão do largo, em terra batida, a todos albergava na esfusiante alegria da brincadeira, da aventura, do tempo próprio de crianças, limpas, sujas, mal nutridas, irmanadas no comum objectivo de aprenderem as primeiras letras, a tabuada, os ditados, as contas na ardósia e, vezes sem conta, esticarem os braços e as mãos para a reguada dos professores. Eram “prémios”, as reguadas, quase sempre injustos, mas instituídos por uma “cultura de ferro” onde a pedagogia pouco ou nada medrava.
Foi neste longínquo cenário, nos primeiros anos da década de 60 que encontrei o “Dadinho”. Já tinha, nessa altura, nome ou alcunha, brasileira, de craque de futebol, mas do que me lembro - fazendo viajar a memória mais de 50 anos atrás – era da sua enorme destreza, naquele corpo franzino, irrequieto, electrizante, que trepava e descia das árvores com uma tal facilidade que dava a impressão que tinha nascido nelas.
A infância africana do “Dadinho” não era indiferente a este “estado de alma”, a este espírito de rebeldia e postura indomável que se viria a manifestar com maior acuidade quando, já adulto e vestindo a camisola do Sport Nisa e Benfica, deu “cartas” em campo, qual “formiga eléctrica” que pisava os “calos” aos adversários e não os deixava respirar.
Fez parte da equipa de futebol sénior do Nisa e Benfica que, legitimamente, pode ostentar o título de “Gloriosa” porque foi o expoente de uma época áurea de títulos distritais e presenças na Taça de Portugal e Nacionais da 3ª Divisão, num tempo – 2ª metade dos anos 70 e princípios dos anos 80 – em que faltava quase tudo (infra-estruturas desportivas, apoio logístico e monetário, condições, mínimas, de treino, etc.) mas que, em contrapartida, dispunha de uma manancial inesgotável de querer, vontade, orgulho e bairrismo. Foram estes atributos, partilhados tanto por dirigentes como por atletas e população, que fizeram de Nisa um caso ímpar na história do futebol distrital, elogiado e respeitado por outros emblemas a nível regional e nacional.
Eduardo José Figueiredo Tremoço, o “Dadinho”, faleceu na passada 4ª feira, dia 7 aos 62 anos. Não conseguiu, desta vez, driblar a grave doença de que padecia e que de há tempos a esta parte o mantinha num profundo sofrimento.
Despediram-se dele os familiares, os amigos, os companheiros de brinca e do desporto, os camaradas de trabalho, num cortejo fúnebre impressionante que na última sexta-feira percorreu algumas ruas de Nisa, a sua amada terra, de tantos encontros e desencontros.
Morreu o “Dadinho”. Entre todos aqueles que o conheceram, sente-se, hoje, uma tristeza e uma grande saudade.
O "Dadinho" morreu! Que fique na memória, o seu exemplo de querer e a sua vontade inabalável de ultrapassar barreiras e vencer desafios que demonstrou como desportista.
À senhora Rosária - a sua mãe, à Graça - sua esposa, a todos os  familiares e amigos expressamos sentidas condolências. 
Mário Mendes

10.9.16

Dia Mundial da Prevenção do Suicídio assinala-se hoje

O Enforcado
No gesto suspensivo de um sobreiro
o enforcado.
 Badalo que ninguém ouve,
espantalho que ninguém vê,
suas botas recusam o chão que o rejeitou.
Dele sobra o cajado.
Alexandre O´Neill
Mais de 800 mil pessoas suicidam-se todos os anos
Todos os anos mais de 800 mil pessoas põem termo à vida e um número muito superior faz tentativas de suicídio. Cada suicídio é uma tragédia que afeta a família e a comunidade, com efeitos a longo prazo em quem vive de perto com esta realidade. O suicídio surge em qualquer faixa etária sendo a segunda causa de morte entre 15 e os 29 anos, apenas ultrapassada pelos acidentes rodoviários.
De acordo com Ana Peixinho, coordenadora da Unidade de Psiquiatria e Psicologia do Hospital Lusíadas Lisboa: “Muitos suicídios decorrem de situações de impulsividade em momentos de crise com dificuldade em lidar com fatores stressantes externos, como dificuldades financeiras, roturas conjugais, dor e doença crónicas. Por outro lado, situações de conflito, catástrofes, violência, abuso ou luto e o próprio isolamento social estão fortemente associados a comportamentos suicidários”.
Estima-se que cerca de 30 por cento dos suicídios ocorrem por autoenvenenamento com pesticidas, a maioria dos quais em zonas rurais de países subdesenvolvidos ou em vias de desenvolvimento. Outros métodos frequentes são o enforcamento e a utilização de armas de fogo.
 “É importante reconhecer os métodos mais utilizados para se poder definir estratégias de prevenção eficazes ao seu acesso. O suicídio é um importante problema de Saúde Pública que pode ser prevenido com intervenções multidisciplinares adequadas baseadas na evidência e, habitualmente, pouco dispendiosas. As medidas para a sua prevenção requerem coordenação e colaboração entre vários sectores sociais incluindo saúde, educação, agricultura, finanças, justiça e defesa”, revela a médica.
 Ana Peixinho enumera os principais sinais de alarme: “falar ou escrever frequentemente sobre morte ou suicídio, fazer comentários de desesperança e culpabilidade, utilização de expressões que evidenciam falta de motivação para viver, aumento do consumo de álcool ou drogas, isolamento social, comportamentos imprudentes ou de risco, alterações bruscas de humor e falar em sentir-se aprisionado ou em ser um peso para os outros.”
 Quanto às características que diminuem a probabilidade de um individuo considerar, tentar ou consumar o suicídio, a psiquiatra explica que é necessário que haja “um acompanhamento em Saúde Mental, fácil acesso a diferentes intervenções clínicas, relações estruturadas de amizade, familiares e comunitárias, capacidade de resolução de problemas e conflitos e fácil acesso aos cuidadores”.
 Sabe-se que 75 por cento dos suicídios ocorrem em países subdesenvolvidos ou em vias de desenvolvimento. Em Portugal, a taxa de mortalidade por suicídio, em 2014, foi de 11,7 por 100 mil habitantes, enquanto em 2012 e 2013 foi de 10,1, por 100 mil habitantes. Dados revelam ainda que os homens apresentam uma taxa de suicídio três vezes superior.

9.9.16

NISA: Uma foto com História (1916)

A foto amarelecida que aqui publicamos fez parte da edição nº 10 do semanário nisense "As Férias" e remonta a 1916. Tem um século de existência tal como os nossos Bombeiros Voluntários.
Sobre o jornal "As Férias" e outra imprensa publicada no concelho (que, neste aspecto, não é tão pobre como inicialmente se supunha) iremos tentar reconstituir a sua história e dá-la a conhecer aos visitantes do Portal.
Por ora - é esse o principal objectivo deste post ou mensagem - vamos focar-nos na foto, a única, saliente-se que o semanário "As Férias" publicou ao longo dos seus 19 números de existência, repartidos pelos anos de 1916 e 1917. É uma foto com muito interesse e que a um século de distância nos dá uma excelente panorâmica de parte do Rossio de Nisa e nos ajuda a compreender os desmandos (sem aspas, comas ou sufixos) praticados já neste século (2004 e 2005) com a destruição do jardim municipal, crime de lesa património e lesa memória sem castigo, que o tempo não tem ajudado, antes pelo contrário, a esquecer.
Aos 65 anos e do que conheço da vila e do concelho, este foi, para mim, o maior atentado urbanístico, ambiental e paisagístico cometido sobre um espaço nobre e público da vila de Nisa.
A foto, reparem com atenção, permite-nos reflectir sobre as intervenções que ao longo de um século foram feitas nesta zona da urbe. O Jardim Público inaugurado em 1932, desenhado por Jacinto de Matos, manteve a traça, as linhas fundamentais do Rossio e esse é, na minha opinião, o mais belo elogio que se pode fazer ao ilustre paisagista: desenhou, ordenou, implantou canteiros, plantas e estruturas sem macular a memória do lugar. O Jardim Público, a bem dizer, estava já "desenhado" e Jacinto de Matos não "inventou", não criou artifícios nem "bonecos" para ganhar mais uns tostões. E este aspecto, infelizmente, foi o que marcou as modernas obras do Rossio de Nisa e de outras, tanto no concelho como noutras regiões.
Estabelecer contacto, falar, ouvir, perceber a história, as memórias, as razões dos moradores não faz parte da maior parte dos "sistemas" políticos autárquicos. Gasta-se dinheiro a esmo, afirma-se o ego, consolida-se o poder pessoal e o clientelismo, e as obras aí ficam como cancros a marcar a paisagem e a vivência de quem as utiliza.
A "puta da Fonte" neste cenário dantesco é apenas - como dizia o ministro - um "pintelho" face a todos os atropelos praticados no Jardim de Nisa. Um jardim público que orgulhosamente ostentava esse título e nome.
Agora, o que temos? As memórias de um tempo destruído, a revolta por termos sido coniventes com os desmandos cometidos. Nisa já não tem jardim, tem uma "coisa"  qualquer sem árvores, sem plantas, sem cor, sem vida.
A foto de há 100 anos - ainda sem jardim - é, na sua singeleza, um jardim que outros e outras não quiseram aproveitar. Que pena...
Mário Mendes

Castelo de Vide acolhe as Jornadas Internacionais de Idade Média


NISA: Ficheiros do Património (22)



NISA: Início dos treinos de Andebol na Inijovem


AMI lança 21ª Campanha de Reciclagem de Radiografias


8.9.16

NISA: O "amarelo" é que está a dar!

"O Amarelo da Carris" era (é) um dos temas do álbum "Um Homem na Cidade", um desfilar de canções na voz inconfundível e brilhante do Carlos do Carmo. O disco já tem uns bons aninhos e as letras das canções tinham a marca desse grande poeta chamado José Carlos Ary dos Santos, poeta da Revolução de Abril. 
Lembrei-me, não sei a que propósito do "Amarelo", querendo esquecer outros "amarelos" que chegaram pela via da "Carta Aberta" e que - dividir para reinar - formaram a UGT.
Isso ficou, há muito, para trás. O Amarelo (a cor de rosa não se vê bem nem está regulamentada em termos de sinalização rodoviária) tem aparecido, ultimamente, em grande profusão em Nisa e, geralmente, nos sítios em que não fazem falta nem servem para coisa nenhuma. Ou por outra, servem para, pelo menos duas coisas: deixar a marca, no asfalto ou na calçada, da Senhora Presidenta da Câmara que, pelos vistos, tem poucas coisas com que se preocupar seriamente; servem também, por via da "impressão digital" que proíbe o estacionamento nos troços das pinturas naifs impregnadas no solo, facilitar a caça à multa.
A imagem de cima, enviada por um nisense residente na Grande Lisboa, mostra a mais recente e amarelada "pintura rupestre" camarária, no topo da Rua Cândido dos Reis ou Rua do Senhor, em Nisa, em sítio completamente despropositado e anacrónico e que, diga-se em abono da verdade, não lembraria nem ao mais céptico e desconfiado dos eleitos locais.Não tem sentido, não faz falta, não regula nem protege coisa nenhuma (pessoas ou bens) e tratando-se de uma "medida avulsa" (das muitas que a edil tem tomado sem consulta aos seus pares) a pintura amarela, em nome do interesse dos munícipes e do bom senso só pode ter um fim: ser apagada com urgência.
A "ditadura do amarelo" (que não o da Carris) tinha chegado, antes, ao pimbólico largo 5 de Outubro e, curiosamente, não foi feita nos sítios em que, efectivamente, ainda poderiam ter alguma justificação.
Pergunta o visitante nisense do "Portal de Nisa" se a campanha já começou, ao que respondi que a campanha de falta de visão e de bom senso começou há muito, fruto de uma estratégia política de gabinete e fechada, produzida no bunker da Praça do Pelourinho.
É preciso dizer à senhora Presidente da Câmara duas coisas: a primeira é que a Rua do Senhor não é a Rua do Marçal; a segunda é que o trânsito em Nisa e no concelho, a merecer regulamentação, deve ser objecto de estudo e do envolvimento de instituições e dos cidadãos.
E esse envolvimento deve começar nas próprias autarquias locais. Pintar traços amarelos no asfalto apenas com o fim de proibir, sem mais nem menos, não é política séria nem contribui para o bem estar dos munícipes.. 
Se a Câmara tem muita tinta e não sabe onde gastá-la, dou-lhe, de borla, duas sugestões: comece por pintar a Torre do Relógio (e arranje o mesmo) e pinte as passadeiras para peões mesmo em frente à Loja do Munícipe. Estão assim há demasiado tempo. De caminho, sugiro, que dê ou mande dar um pouco de urbanidade aqueles "jarrões" junto ao muro da casa do Dr. Henrique Miguéns, paredes-meias com a referida Loja municipal. Umas plantas, simples que sejam, hão-de conferir, certamente, um toque de civilização. 
Se, mesmo assim ainda sobrar tinta, pode iniciar os trabalhos de pintura e demarcação das faixas de rodagem das estradas Nisa-Tolosa e Nisa-Montalvão. Não dou mais sugestões, neste campo, porque não quero que tesouraria fique alarmada com a falta de money para a próxima edição da Nisa em Festa.
Mário Mendes

MONTALVÃO: Hoje é dia da Romaria da Senhora dos Remédios







5.9.16

Quercus solicita à Comissão Nacional de Eleições materiais sustentáveis e menor tempo de permanência dos cartazes após eleições

A Quercus solicitou à Comissão Nacional de Eleições (CNE) um maior controlo dos materiais utilizados nas campanhas eleitorais, bem como a redução do tempo de permanência dos cartazes de propaganda após concluído o período eleitoral.
 A lei que regula a propaganda eleitoral não estabelece um prazo para a remoção dos materiais de propaganda e os partidos políticos não controlam a qualidade dos materiais utilizados nas campanhas. Face ao manifestado pela Quercus, a CNE vai partilhar essas preocupações com a  Assembleia da República, no próximo relatório de atividade, com o objetivo de contribuir para a proteção do Ambiente, recomendado que os partidos políticos nas atividades de propaganda, assegurem o cumprimento da lei no que respeita à utilização de materiais biodegradáveis na afixação e inscrição de mensagens, e promovam o uso de materiais mais sustentáveis.
Existe atualmente liberdade na escolha dos tipos de propaganda eleitoral, desde que se cumpram os requisitos estabelecidos pela Lei n.º 97/88, de 17 de agosto, que regula a afixação de mensagens de publicidade e propaganda, assim como estabelece os casos de proibições à liberdade de propaganda, entre as quais a utilização de materiais não biodegradáveis na afixação e inscrição de mensagens de propaganda.
 No entanto, são utilizados como apoio à propaganda nas campanhas eleitorais, materiais de natureza diversa, desde o papel a plástico, que acabam por permanecer nos locais onde foram colocados por um período alargado de tempo, após a conclusão do período eleitoral. Face a esta permanência, e aos efeitos das intempereis, os materiais acabam por se degradar e fragmentar em pedaços pequenos que, por efeito do vento, são levados para outros locais, acabando por afetar os ambientes por onde vão passando, como por exemplo o meio marinho.
 Lisboa, 5 de setembro de 2016

A Direção Nacional da Quercus- Associação Nacional de Conservação da Natureza

Amieira do Tejo festeja a Senhora da Sanguinheira


NISA: Agenda Cultural e Desportiva - Setembro