31.5.17

NISA - “Galinhas” e “Cigarrinhas” num salutar Encontro de Famílias









Não, não se trata de uma fábula. Aconteceu mesmo, no passado sábado em Nisa, ou não fosse esta terra famosa, entre outras coisas, pelas suas originais alcunhas.
As famílias Galinha (descendentes de António de Oliveira Bizarro e Maria do Rosário da Cruz Carrasco) e Cigarrinha (descendentes de Joaquim da Graça Maurício – o popular Ti Coimbra – e Maria da Graça Dinis André) realizaram aquele que fica assinalado como o 1º Encontro-Convívio entre “Galinhas” e “Cigarrinhas”, alcunhas, bem populares, como todos os membros das duas famílias são conhecidos em Nisa e em todo lado. Trata-se de duas das mais numerosas famílias nisenses e não admira que o Encontro-Convívio tenha juntado cerca de oitenta pessoas, mesmo contando com algumas ausências.
Após a missa solene, na Igreja do Espírito Santo, em evocação dos entes queridos, o cortejo familiar rumou até à antiga escola do Convento, onde teve lugar a jornada gastronómica, sendo prestado um minuto de silêncio em memória dos familiares falecidos. Depois, foi a festa. Imaginem só: galinhas e cigarrinhas, “à solta” numa sala ampla, tinha que meter música, descantes e um convívio até às tantas, que deixou já a promessa de um próximo encontro.

Município de Elvas recruta monitores de centros de férias

Inscrições abertas até 5 de junho
A Câmara Municipal de Elvas abriu inscrições para monitores de centro de férias.
O Centro de Férias vai decorrer de 3 a 15 de julho, em Almograve e as inscrições devem ser realizadas até ao dia 5 de junho.
Os candidatos devem possuir formação de monitor de Campos de Férias, habilitações na área da Educação ou na área Social e/ou experiência com crianças.

As candidaturas e respetivos curriculum vitae devem ser enviados para o endereço eletrónico: rita.jesus@cm-elvas.pt

A Primavera na poesia popular de Nisa



Quando Chega a Primavera...
I
Quando chega a Primavera,
Com seu manto de quimera
De soberba feiticeira
E um vestido de mil cores,
Vem cobrir a terra inteira,
Sua imagem graciosa
Se retrata em cada rosa
A sorrir-me...
II
Quando uma manhã de Abril
Vem tocar o peitoril
Da já morta fantasia,
Meu pensamento esvoaça
E recorda a sua graça,
Uma lembrança sombria!
Cada gorjeio de andorinha
É uma fala só minha,
Que vem dela...
III
Mas quando o Sol já declina
E a beleza campesina
Deixa sebes e valados
E uma voz de cotovia
Já não canta todo o dia
Pela verdura dos prados,
Também morre na minha alma
A doce voz, que me acalma,
Porque é dela...
IV
Ao ver a terra despida
Entregar-se, adormecida,
Aos triunfos outonais
E ao calar-se o rouxinol,
De manhã ao pôr do sol,
Nos meandros dos choupais,
Só vejo a campa sagrada,
Onde dorme descuidada,
Quem eu amo!...
José Gomes Correia

30.5.17

MONTALVÃO: Exposição colectiva de fotografia "Aves da nossa terra"


OPINIÃO -Cultura distrital: despesa ou investimento?

É preciso alterar mentalidades…
O distrito de Portalegre está a mudar lentamente no que concerne à predisposição para a cultura. Como o país está atrasado (em muitas áreas) décadas em relação ao resto da Europa, também por aqui estamos atrasados em relação ao resto do país. Mas sempre andaram por cá alguns paladinos a lutar por reverter a situação.
Centrando o tema na cultura envolvente às Bandas Filarmónicas, toda a gente devia fazer desde logo uma vénia aos conservatórios do povo. Foram as Bandas as responsáveis pelo que de melhor se faz hoje no panorama musical nacional. Foi delas que saíram os músicos que engrossaram as fileiras das melhores orquestras e bandas militares. E Portalegre não fugiu à regra e ainda hoje assim é. Somos cada vez menos, inclusivamente já baixámos dos cem mil eleitores, mas ainda temos muita gente de valor. Porém, precisamos de acreditar em nós e no nosso valor e, acima de tudo, precisamos que os alto alentejanos acreditem nos seus músicos e nas suas filarmónicas e que estas e os seus maestros e dirigentes acreditem em si e no seu trabalho. Continuamos a produzir jovens de enorme valor e também aqui é possível fazer o mesmo que nos outros locais do litoral e até do interior.A Federação das Bandas Filarmónicas distrital tem vindo a tentar levar por diante uma Orquestra distrital à semelhança do que acontece em praticamente todo o país. Não tem sido fácil, mas continua a porfiar com a ajuda de várias bandas e músicos. E há de conseguir…
Infelizmente, as mentalidades ainda estão um pouco paradas no tempo, no entanto, há muitos sinais de mudança e de arrojo por parte de algumas bandas e maestros. E é preciso proporcionar aos nossos jovens músicos espetáculos diferentes e enriquecedores para os fazer elevar cultural e tecnicamente. É isso que a Federação também tem tentado fazer desde há 17 anos.
O espetáculo que a Banda Municipal Alterense proporcionou na noite de 23 de maio de 2017, feriado municipal em Alter, foi simplesmente inolvidável para o público e em especial para os executantes. Certamente que a experiência os irá marcar para toda a vida. Interpretar temas como “Carmina Burana”, de Carlo Orff ou “1812” de Tchaikovski em grande orquestra acompanhados de um brilhante espetáculo de pirotecnia é algo de transcendente. Mas é possível…foi possível. O distrito de Portalegre é bom, o distrito tem capacidade, a região tem pessoas com nível, há gente arrojada e com pensamento à frente. Há autarcas a investir, há maestros e bandas a saírem da sua zona de conforto e a irem para além das simples marchas e pasodobles, sem menosprezo para estes géneros musicais. O caso do maestro Virgílio Vidinha, natural de Alter, é um caso paradigmático à semelhança de mais dois ou três que por cá andam. Aceita reptos e idealiza desde sempre atividades inovadoras e enriquecedoras e está altamente de parabéns, juntamente com toda a Banda Municipal Alterense (músicos em especial e diretores) e o município (Joviano Vitorino à cabeça) pelo espetáculo que proporcionaram e que é o caminho a seguir. Também a pirotecnia de Oleiros, é outro caso de sucesso de uma empresa que demonstra que no interior do país também se fazem coisas ao nível do melhor do mundo. O maestro liderou um processo como este, muito desgastante, precisamente num período de elevada pressão a nível familiar, ou seja, precisamente nos dias em que preparou este enorme espetáculo tinha (e tem) a filha mais nova (com 4 anos) internada em Lisboa, com pronóstico reservado, vítima de uma doença rara. Este facto, ainda reforça mais a sua natureza e a liderança que impele em Alter, demonstrando toda a sua força sem deixar transparecer qualquer fraqueza emocional.
No próximo dia dois de julho, por volta das 23 horas, Monforte irá ser palco de um espetáculo com semelhanças ao verificado em Alter e novamente com a chancela da Pirotécnica Oleirense. Trata-se do Festival Internacional de Bandas Filarmónicas do Alto Alentejo “Alexandre Ribeiro”. Para além do convívio entre Bandas de cá (Gavião, Nisa, Póvoa, Castelo de Vide, Portalegre, Crato, Alter e Elvas) e a Banda de Albuquerque (Espanha, Extremadura), o final do evento irá proporcionar a interpretação conjunta do Pasodoble “João Moura”, composto pelo homenageado há algumas décadas e que é tocado em todo o país e em qualquer praça de toiros. O outro tema será o “Hino da Federação de Bandas”, da autoria do recém-falecido maestro Sívio Pleno. O município de Monforte e a CIMAA são os patrocinadores do Festival.
Concluindo, as Bandas (direções, maestros e músicos) precisam e devem inovar sem descurar o que de bom foi feito no passado, devem sair com frequência das suas zonas de conforto e catapultarem a música filarmónica para outros voos e níveis. A cultura enraizada de que este tipo de eventos são um fator de despesa deve ser banida e é necessário que prevaleça o sentimento de que não se trata de despesa, inovar trata-se de investimento no presente e no futuro. E a Câmara e a Banda de Alter investiram! É preciso que o resto do poder político e institucional, apoie mais e melhor e seja mais exigente nos apoios e deixe praticar a cultura com olho curto. Com isto, não estou a dizer que não há apoios…eles até vão existindo, mas é preciso que sejam mais e melhores. Para termos Bandas e Orquestras de qualidade precisamos de músicos, mas já há muitos exemplos de que os temos e que existe qualidade, agora, e em tempo de eleições, precisamos de melhores autarcas, de melhores dirigentes e de acreditar que a cultura não é uma despesa, mas um investimento. Uma Federação de Bandas não pode andar a mendigar tostões. É preciso uma regionalização forte e que se dê condições para a cultura continuar a ser uma realidade. Aos municípios que têm Banda, pede-se que as apoiem incondicionalmente e que as incitem a melhorar e a proporcionar atividades relevantes e que os transportes não constituam despesa para as próprias Bandas; aos que as não as possuem, invistam nisso porque estarão a criar melhores condições de vida para os seus munícipes, todos sabem que a Federação está disposta a colaborar na criação de novas Bandas Filarmónicas, pelo menos têm recebido vários reptos e ouvir falar do Projeto Classband, disseminado por toda a Europa e em algumas regiões do norte de Portugal, que permitiu salvar Bandas Filarmónicas da extinção e criou outras novas.
Prof. Miguel Baptista - Pres Dir Fed Bandas Filarmónicas do Dist. Portalegre

Hoje Os Verdes levaram a urgência de Encerrar a Central Nuclear de Almaraz à Cimeira Ibérica

Hoje, 29 de maio, Os Verdes marcaram presença na concentração em Vila Real, enquanto decorre a Cimeira Ibérica, exigindo o encerramento da Central Nuclear de Almaraz.
Nesta concentração, que contou com a presença das dirigentes ecologistas Manuela Cunha (cabeça de lista da CDU nas últimas Legislativas ao Distrito de Portalegre) e Ema Gomes (candidata da CDU nas últimas Legislativas ao Distrito de Castelo Branco), foi sublinhado pelo Os Verdes à comunicação social os perigos que esta Central representa para as populações e ecossistemas dos Distritos de Portalegre e de Castelo Branco e para os Concelhos ribeirinhos do Tejo.
Nesta iniciativa que contou também com a presença dos movimentos anti-nuclearistas e ambientalistas, o deputado do PEV, José Luís Ferreira lamentou que este assunto não tenha sido incluído na ordem de trabalhos da Cimeira Ibérica. O deputado ecologista considerou ainda que era necessário que o Governo Português defendesse “sem papas na língua”, junto do Governo espanhol, a vontade dos Portugueses de encerrar Almaraz. Os Verdes relembraram ainda que a Assembleia da República aprovou por unanimidade, um voto de condenação, proposto pelo PEV, ao prolongamento do tempo de vida da Central, e pela instalação do armazém de resíduos nucleares.
Os Verdes comprometeram-se a fazer chegar muito em breve ao Governo Português e ao Governo Espanhol, a opinião dos portugueses que manifestam claramente a sua firme vontade de ver a Central encerrada, através da entrega  de postais assinados, nomeadamente pelos residentes dos Concelhos acima referidos.
O Partido Ecologista “Os Verdes”

26.5.17

CASTELO DE VIDE: Festa da Senhora da Alegria


SAÚDE: Egas Moniz fez a primeira angiografia cerebral há 90 anos

«Quando em junho de 1927, consegui ver pela primeira vez as artérias do cérebro, através dos ossos do crânio, tive um dos maiores deslumbramentos da minha vida». Estas são as palavras de Egas Moniz que, com emoção recordou, nas suas Confidências de um Investigador Científico, o momento em que realizou a primeira angiografia cerebral.
É unânime que Egas Moniz marcou a história da Medicina Portuguesa, tendo sido o primeiro (e até agora o único) a trazer o Nobel da Medicina para o nosso país, em 1949, graças ao desenvolvimento da leucotomia pré-frontal, procedimento cirúrgico que foi posteriormente abandonado. Talvez menos reconhecido pela comunidade em geral, mas mais unânime e atual entre a comunidade científica é o reconhecimento do seu contributo para a Medicina universal com o desenvolvimento e a realização da primeira angiografia cerebral.
Durante largos anos, Egas Moniz fez inúmeras experiências na tentativa de encontrar uma substância que pudesse ser injetada nas artérias do cérebro de forma a tornar visíveis os vasos cerebrais nas radiografias. A opacidade conseguida com a injeção desses produtos permitiria obter um contraste, detetar tumores cerebrais e assim facilitar o seu tratamento.
Foi em junho de 1927 que Egas Moniz obteve a primeira arteriografia do corpo humano vivo, tornando-se assim o primeiro a conseguir ver os vasos sanguíneos do cérebro no vivo. Nesse mesmo ano, a angiografia cerebral revolucionou a Medicina; hoje, passado quase um século, esta técnica continua a ser amplamente utilizada em todo o mundo.
Tal feito pode não lhe ter valido o prémio da Academia Sueca, mas mereceu uma distinção vinda da Noruega, com a atribuição do Prémio Oslo, em 1945, anos antes do leucotomia e do Nobel. Foi o justo reconhecimento da comunidade científica e um marco importante no percurso daquele que é considerado por muitos como um dos pais da Neurorradiologia.
O que Egas Moniz não previu em 1927, é que a angiografia cerebral viria a ser útil não só no diagnóstico, mas também no tratamento de doenças. De facto, a angiografia cerebral permaneceu como procedimento médico diagnóstico executado por neurorradiologistas em todo o mundo, mas progressivamente foi adaptada para técnica de terapêutica endovascular.
Atualmente, a angiografia cerebral é aplicada na emboliação de aneurismas, de malformações artério-venosas e no tratamento do ACV em fase aguda, permitindo salvar vidas humanas em número cada vez mais significativo, como bem demonstram os estudos e as recomendações dos organismos de saúde mundiais.
Assim se vê também a influência e o contributo de Egas Moniz, volvidos já sessenta e seis anos desde o seu desaparecimento, em 1955. Com a devida distância temporal, torna-se mais fácil perceber o muito que o médico português fez com tão pouco, numa época marcada por condições técnicas. Atualmente, a angiografia cerebral beneficia de equipamentos de Raio-x mais sofisticados, cateteres de melhor qualidade e produtos de contraste menos nocivos e com maior opacificação dos vasos. Mas na base, o procedimento pensado e desenvolvido por Egas Moniz mantém-se, o que faz dele um visionário da Medicina, que merece ser relembrado e homenageado.
Egas Moniz e os 90 anos da angiografia cerebral serão o tema central da primeira edição da Brain Week – Semana do Cérebro e da Neurorradiologia, que decorre entre os dias 31 de maio e 6 de junho.
Artigo de Pedro de Melo Freitas
Secretário geral da Sociedade Portuguesa de Neurorradiologia

NISA: Olhares sobre as janelas da vila


MONTALVÃO: Noite de Fados na Casa do Povo


25.5.17

SOUSEL: GNR detém homem de 54 anos por violência doméstica

O Comando Territorial de Portalegre, através do Posto Territorial de Sousel, deteve, no dia 23 de maio, um homem de 54 anos, por violência doméstica, em Sousel.
No âmbito da investigação foi efetuada uma busca domiciliária tendo sido apreendido:
·         Uma espingarda;
·         Uma caçadeira;
·         Uma pistola de 6,35 mm;
·         Uma espingarda de ar comprimido;
·         74 munições de diversos calibres;
·         229 chumbos de 4,5 mm.
O suspeito foi constituído arguido e sujeito a termo de identidade e residência.

OPINIÃO: A imprensa dos comunicados

Pela primeira vez na história do jornalismo temos jornais a serem publicados sem jornalistas
O futuro da comunicação joga-se na Net, disso ninguém tem dúvidas. Os jornais em papel estão em queda. O hábito de ler o jornal na Net acentua-se. Hoje está na moda todos os organismos, desde empresas, associações e outros possuírem um site onde divulgam o seu trabalho e atividades. Alguns, pelo volume informativo e pela diversidade de material que publicam, até sonham e aspiram a assumirem-se como jornais. Nada mais errado: falta-lhes o distanciamento, a imparcialidade, o poder crítico, entre outros que caracterizam a imprensa. E os pseudojornalistas desses sites vivem nessa ilusão, pavoneiam-se e ufanam-se. Hoje todos comunicam, todos informam, facilidade trazida pelos novos canais de comunicação, como é exemplo a Net.
A crise da imprensa regional, com falta de dinheiro para pagar a jornalistas e a colaboradores, levou os órgãos informativos a publicar e a encher as suas páginas com o material enviado pelos gabinetes de imprensa que entopem completamente os emails dos jornais regionais com textos, fotografias e outros. Material sem ser digerido, sem poder crítico, sem imparcialidade, que só apresenta a versão de umas das partes, que esconde o que é negativo e apresenta o mundo cor-de-rosa e todos felizes. Uma vergonha, haver já jornais regionais que preenchem as suas páginas com o material dos comunicados de imprensa. Ainda assim, melhor isto que publicar as páginas em branco.
Uma coisa é certa e deixa-me triste: os comunicados de imprensa enviados para os jornais e colocados em sites , blogs, faces e outros, marcam cada vez mais a agenda dos media; ou seja, cada vez mais os jornalistas são os assessores de imprensa dessas entidades, basta abrir um jornal como a gazeta e povo da beira, e ver que a maioria dos textos são comunicados de imprensa. Brevemente a profissão de jornalista é extinta, ficando toda a produção jornalística a cargo e sob o domínio dos assessores de imprensa.
Mas há que dar um abanão a esta situação: os jornalistas, os já poucos na imprensa regional, devem repudiar os comunicados de imprensa e ir para o terreno fazer investigação, criticar, levantar problemas, denunciar, doa a quem doer, ou seja, divulgar tudo aquilo que os assessores de imprensa querem esconder e e omitem. Se assim não for, a profissão de jornalista extinguir-se-á. Reinarão os assessores de imprensa, o que será perigosíssimo a nível de informação e formação do público, que fica sob o domínio de uma espécie de propaganda que pode manipular toda a gente, ou seja, o leitor passará apenas a ter acesso aos duvidosos, não isentos, propagandísticos comunicados de imprensa. O leitor só serão informados daquilo que os assessores quiserem. Veja-se o perigo que isto representa, por exemplo, fazendo lembrar a propaganda nazi em que dava um estimulo (texto) para obter uma determinada resposta (reação no leitor. Caminhamos para uma nova época de manipulação das pessoas, que pode ser usado de forma infalível por exemplo em campanhas eleitorais.
Jornais sem jornalistas
Pela primeira vez na história do jornalismo, assistimos, impávidos (pelo menos a Entidade Reguladora para a Comunicação Social), imagine-se, ao aparecimento de jornais sem jornalistas. E perguntam como tal absurdo é possível?
Sim, desde que começaram a chegar os "tão fatídicos" comunicados de imprensa, preteriram o trabalho dos jornalistas, despediram-nos e rescindiram com eles. Publicam os comunicados de imprensa que chegam aos emails, com fotografias e tudo. E, em escassas horas paginam um jornal, sem ir para o terreno, sem gastar um cêntimo em gasóleo, sem pagar a colaboradores e jornalistas. Como é isto possível, perguntam. È verdade!! Os teóricos que se debrucem sobre isto. Onde estão os doutos teóricos da comunicação?
Todos os dias são criados gabinetes de imprensa, que florescem como cogumelos. Aproveitando, como já se disse a fragilidade financeira da imprensa regional. Por um lado, temos esses gabinetes em grande ascensão e, por outro todos os dias, fecham jornais. De modo que brevemente deixaremos de falar em imprensa dos jornais a passaremos a ter a imprensa dos gabinetes de imprensa. Será a ruína e o descalabro da imprensa, tal
Quantos jornalistas e colaboradores ficaram sem trabalho devido a esta situação? Muitos, na imprensa regional. Jornais que agora mantém 1 ou 2 pessoas na redação, que recebe o material, pagina e faz o jornal, com uma rapidez nunca dantes vista.
Mas o que está em questão é o aproveitamento que os gabinetes de imprensa fizeram da crise dos jornais. Estes caem como patinhos. Teriam outra solução? Claro que jornais regionais sérios (com algum poder financeiro, diga-se) como o Jornal do Fundão não reproduzem os comunicados de imprensa, reduzem-nos a breves ou diminuem-lhes a importância, cientes da sua falta de poder crítico e apresentar tudo bem e cor-de-rosa.
Editorial - Paulo Jorge F. Marques - 20/5/2017
Post-Scriptum1 - A página de facebook do Município de Nisa "noticia" a Feira do Queijo de Tolosa não como uma iniciativa organizada pela Junta de Freguesia com o apoio da Câmara, construindo um "texto" em que o evento gira à volta da presidente da Câmara, convidada para o efeito, menosprezando, melhor dizendo apagando, totalmente o trabalho da entidade organizadora. O resultado deste exercício de mera propaganda são 52 fotos da edil vestida de azul, num total de 64 reproduzidas pela página de facebuque. O que leva, inevitavelmente, à pergunta: Houve uma Feira do Queijo em Tolosa (como existe, aliás, desde há muitos anos) ou tratou-se, simplesmente, de uma passagem de modelos da edil?
Felizmente, o semanário "Alto Alentejo", ainda que dando um tratamento desmesurado à edil (não é técnica nem produtora de queijos) teve o bom senso de destacar, em fotos, os principais "actores" do evento: os produtores de queijo.
Post-Scriptum 2- A Câmara anuncia o lançamento de um livro, na próxima Feira do Livro, sendo um dos autores, o presidente da Assembleia Municipal de Nisa. Já é discutível que o próprio eleito aproveite uma iniciativa do município para "vender" um produto de que é co-autor, mas não ponho nisto muita ênfase. Dou de barato e sem custo, que é um cidadão com os mesmos direitos que todos os outros. O que me desgosta e tem a ver com o artigo acima, é que o mesmo seja apresentado no programa como o Autor do livro, quando é, apenas, um dos autores. E era nessa qualidade de co-autor que devia ser apresentado. Mais nada.
Mário Mendes

Quercus alerta para perigos da exploração mineira a céu aberto na Serra da Argemela

 Rio Zêzere, Turismo e Cerejas do Fundão podem ser afetados
O projeto de exploração e tratamento de depósitos de minerais a céu aberto de lítio, tantalo, nióbio, volfrâmio, rubídio, cobre, chumbo, zinco, ouro, prata, césio, escândio e pirites, abrange uma área de 403 hectares, situada na união de freguesias da Coutada e Barco, no concelho da Covilhã, e nas freguesias de Silvares e Lavacolhos, no concelho do Fundão.
Esta eventual exploração situa-se a poucas centenas de metros da margem do rio Zêzere e de várias povoações, e, caso avançasse, teria um impacte muito significativo no ambiente e na qualidade de vida das populações envolventes, existindo um risco muito elevado de contaminação das águas do rio Zêzere, dos solos, da paisagem e do ar.
A Quercus lembra que este impacte seria cumulativo com outras fontes de poluição já existentes na zona, como o complexo de Minas da Pampilhosa da Serra que tem um passivo ambiental de várias décadas, e que continua por resolver. Estes impactes seriam muito significativos no rio Zêzere, que abastece milhões de cidadãos com água para consumo, no ecossistema da Serra da Argemela, no ecossistema ribeirinho e nas populações que vivem na envolvente da área.

Dado o método de exploração previsto (a céu aberto) e o regime de ventos nesta zona de montanha, a dispersão de poeiras decorrentes da exploração dos minérios poderá chegar a dezenas de quilómetros de distância do local e poderá afetar não só a qualidade do ar, mas também a agricultura da zona (Cova da Beira), a saúde das populações e o turismo. Na evolvente da eventual exploração existe um castro e mais de 800 residentes das aldeias do Barco e Coutada.
As populações, autarcas e vários empresários do sector do turismo e agricultura estão contra este projeto, pois têm sido investidos na zona vários milhões de euros (em investimentos privados e fundos comunitários), que são postos em causa com este projeto. Estes cidadãos que se sentem afetados e prejudicados com a possibilidade de avanço da exploração mineira, criaram uma plataforma de defesa da Serra da Argemela, à qual a QUERCUS aderiu.
 A Quercus irá colaborar com o movimento de contestação à exploração mineira na Serra de Argemela e usará todos os seus meios para travar este projeto que coloca em causa o desenvolvimento sustentado desta região, o ambiente e a saúde das populações.
A Direção do Núcleo Regional de Castelo Branco da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

 A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

RETRATOS DE NISA: No “Dia das Comadres”, a pesca foi do “compadre” Raquel

O “paraíso” piscatória da Pracana continua a proporcionar a captura de belos exemplares, capazes de fazerem as delícias dos pescadores mais pacientes.
Na 5ª feira, dia 23, Dia das Comadres, as honras da festa foi para o “compadre” Fernando Raquel. Com um dos habituais companheiros destas lides piscatórias dirigiu-se para uma das margens da barragem da Pracana, num sítio bem conhecido e referenciado, algures, ali para os lados da Zimbreira.
Instalados no local e preparados os apetrechos, o Fernando Raquel foi esperando, com uma calma olímpica, pelo momento.
E, talvez adivinhando a hora do almoço, era meio-dia quando o belo exemplar de carpa, que a foto mostra, “picou” o anzol. Depois, foi o habitual – para quem está habituado, a estas circunstâncias – dar linha, não perder a calma e, sobretudo, não ter mais olhos que barriga. Terminada a luta, içado o troféu, ficou a saber-se que pesava nada menos do que 8,450 quilogramas.
“Não é nada do outro mundo!” – dirão alguns. Pois não! Naquelas águas já se pescaram exemplares com o dobro do tamanho e do peso, mas para o Fernando Raquel, foi este o maior exemplar que pescou e do feito quis dar público conhecimento.
Aqui fica a foto e a alegria do pescador, a mostrar que “com pouca coisa se contenta um pobre”. 
In "Jornal de Nisa" nº202 - 1/3/2006

24.5.17

NISA: No Rasto da Memória (2004)

A legenda diz quase tudo deste memorável Encontro e Festa de "Artilheiros", em Nisa, comemorando meio século de vida. A foto (original) perdemos-lhe sítio. Esta, tirada da contra-capa de uma das edições do Jornal de Nisa, confirma o registo que então fizemos, no nosso amado (e desamado) quinzenário. Pena que nem todos os "Artilheiros de 1954" continuem entre nós e, sendo assim, a foto é também uma forma de os lembrarmos e de lhes prestar homenagem.

II Jornadas Empresariais de Marvão - 29 de maio a 2 de junho

O Município promove, entre os dias 29 de maio e 2 de junho, a segunda edição das Jornadas Empresariais de Marvão, com o objetivo de promover o empreendedorismo e a atividade empresarial do concelho.
 O primeiro dia, com sessão de abertura agendada para as 15h, é dedicado às Iniciativas Comunitárias e Instrumentos Financeiros de Apoio às PME’s, e conta com a presença de Victor Frutuoso, presidente do Município, Alexandra Alvarez (IAPMEI) e Alexandra Mota (ANJE).
 Na terça-feira, 30 de maio, a partir das 15h, realiza-se, na Casa da Cultura de Marvão, uma sessão dedicada aos “Sistemas de Incentivo às PME’s”, onde serão apresentados os Sistemas de Incentivo ao Empreendedorismo e ao Emprego, os Apoios à Criação do Próprio Emprego, o Concurso de Ideias Inovadoras e a iniciativa “Poliempreende”.
 Carlos Nogueiro (CIMAA), Isabel Abreu (ADER-AL), João Realinho (IEFP), Alexandra Correia (ADRAL) e Artur Romão (IPP), vão estar participar no segundo painel das Jornadas Empresariais.

 No dia seguinte (31 de maio), a partir das 15h, realiza-se, na Train Spot (Beirã), um Workshop dedicado ao Turismo, Animação Turística, Inovação e Tecnologia, dinamizado por Teresa Moreira, Tânia Almeida e Ana Palma, da Turismo do Alentejo, ERT.A Quinta do Vaqueirinho, em São Salvador da Aramenha, recebe, na tarde de 1 de junho (15h), uma sessão dedicada ao Vinho da Talha, onde se vai falar da candidatura a Património da Humanidade, da produção no concelho de Marvão, da sua importância para o Turismo, e do processo de inscrição da vinha na CVRA.
O encerramento das segundas Jornadas Empresariais de Marvão realiza-se, dia 2 de junho, às 15h, no Centro Cultural, Desportivo e Recreativo dos Alvarrões, com o Setor Agroalimentar em destaque. Produção e comercialização de produtos BIO e locais, a certificação de produtos e o potencial hidrográfico da Barragem da Apartadura, vão ser os temas em análise.

23.5.17

MONTALVÃO: Homenagem a António Cardoso Mourato na antiga Escola Primária

No próximo dia 10 de Junho vai realizar-se a Festa/Homenagem ao Dr. António Cardoso Mourato, no âmbito da programação da Associação Vamos à Vila relativa às personalidades que se distinguiram no campo da Salvaguarda do Património Cultural de Montalvão.
O Dr. Cardoso foi um dos compiladores da única monografia de Montalvão, "Montalvão, Elementos para uma monografia desta freguesia do concelho de Nisa", e para além desta obra, efectuou uma importante recolha gravada em Montalvão, Nisa e Póvoa e Meadas, cujo conteúdo interessa a diversas áreas da Cultura, como a Literatura Tradicional, a Linguística e a Antropologia.
É pois de toda a justiça esta Festa/Homenagem ao ilustre Montalvanense.

22.5.17

A Vila de Alpalhão - Poesia Popular (1953)





A VILA DE ALPALHÃO
Linda vila alentejana
A vila de Alpalhão
Padroeira Nossa Senhora da Graça
Da gentil povoação

Tem fábricas e tem lagares
Tem muitas salsicharias
Tem quatro padarias
Tem pão pra te alimentares
Tem igreja para rezares
A Deus que não engana
Tem a Guarda Republicana
Tem cinco estradas nacionais
Tem a pensão de António Moraes
Linda vila alentejana

Tem Misericórdia e Casa do Povo
Registo Civil e julgado de paz
Já de há muito ali se faz
Muito melhoramento novo
Pois nada faz estorvo
À laboriosa população
Tem a Polícia de Viação
Um justo monumento
Pois tem muito merecimento
A vila de Alpalhão

Tem escolas primárias
Onde se educam as creanças
Tem muitas lembranças
Tem muitas coisas várias
Tem planícies agrárias
Onde a agricultura se abraça
É muito farta de caça
O que lhe dá muita valia
No centro da freguesia
Padroeira Nossa Senhora da Graça

Tem a estação dos correios
Um grande melhoramento
Foi com espírito de conhecimento
Que se fez sem receios
Tem lugar para recreios
Tem toda a distinção
Tem uma feira de Verão
Que é bastante concorrida
Nossa Senhora da Arredonda é a querida
Da gentil povoação.

Versos de Francisco Redondo Carrilho (o conhecido Francisco da Herceada - Casimiro) publicados em 24 de Março de 1953 e "visados pelo Exmo Sr. Presidente da C. M do Crato

GAVIÃO: Espectáculo infantil "A Bela Adormecida"


Castelo de Vide acolhe 2º Congresso da AMAlentejo em 2018

O Município de Castelo de Vide será o Município Anfitrião do 2º Congresso AMAlentejo/Semeando Novos Rumos que deverá ter lugar a 14 e 15 de Abril de 2018, sob o lema “AGIR NO PRESENTE PLANEANDO O FUTURO”.
A Comissão Dinamizadora de AMAlentejo, representada por Ceia da Silva, Presidente do Turismo do Alentejo, João Proença, Presidente da Casa do Alentejo e José Soeiro, reuniram no passado dia 19 de Maio com o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Castelo de Vide, António Manuel Nobre Pita, para uma primeira abordagem à “Resolução de Campo Maior”, aprovada por unanimidade pelos participantes no 1º Fórum AMAlentejo, e que propôs o Município de Castelo de Vide para Município anfitrião do 2º Congresso AMAlentejo/Semeando Novos Rumos, que deverá ter lugar nos dias 14 e 15 de Abril de 2018, sob o lema “AGIR NO PRESENTE PLANEANDO O FUTURO”.
Ficou assim formalizada e aceite a proposta que consagra o Município de Castelo de Vide como o Município Anfitrião do 2º Congresso AMAlentejo/Semeando Novos Rumos.
Atendendo ao facto de já se estar a viver um ambiente eleitoral e no sentido de evitar atrasos que possam comprometer o bom andamento dos trabalhos preparatórios do 2º Congresso AMAlentejo/Semeando Novos Rumos, acordou-se convocar as instituições propostas na “Resolução de Campo Maior” para constituir o Secretariado do Congresso para uma primeira reunião que terá lugar no próximo dia 13 de Junho de 2017, com início às 12:30 horas, no Município de Castelo de Vide.

A Comissão Dinamizadora de AMAlentejo