7.4.18

NISA: 25 Anos da Inauguração da Biblioteca Municipal na Praça da República



A Biblioteca Municipal de Nisa assinala no próximo dia 10 de Abril, 25 anos de existência no antigo edifício da Escola do Rossio, que para o efeito foi alvo de obras de recuperação e de adaptação para as novas funções. Inicialmente designada como Biblioteca Municipal - Casa da Cultura por, no entender dos responsáveis municipais da altura, ser considerada o pólo aglutinador das actividades culturais (que era, de facto) esta designação nunca mereceu a aceitação da generalidade dos funcionários, talvez por temerem uma sobrecarga de trabalho e o esvaziamento das suas competências. Com o tempo a "Casa da Cultura" foi dando lugar, apenas, à Biblioteca, tomando o nome do Dr. Motta e Moura, principal obreiro da construção da escola, mas mantendo a multiplicidade de actividades culturais que foi, desde o início, a sua imagem de marca.
A Biblioteca Municipal de Nisa nestes mais de 35 anos de actividade (25 no novo edifício e os anteriores no 1º andar do antigo Clube Nisense, que não devem, igualmente, ser esquecidos) tem prestado um relevante  serviço público à população do concelho (mesmo quando os poderes instituídos negam a cedência do auditório a quem não segue a mesma cartilha maternal) e, justo é dizê-lo, com a actual designação ou com a original, continua a ser a Casa da Cultura, até por ausência de outros espaços culturais públicos.
Saudemos os 25 anos da inauguração da Biblioteca Municipal na Praça da República, todos os funcionários, actuais e que por aquela casa passaram, e lembremos algumas situações que carecem de ser resolvidas a contento dos utilizadores.
Não faz sentido o encerramento da Biblioteca aos sábados de manhã e urge voltar ao horário normal, isto é, o funcionamento durante todo o dia.
É lesivo dos cidadãos, principalmente dos deficientes ou pessoas com mobilidade reduzida, a manutenção do Espaço Internet no 1ºandar, o que limita ou inibe a sua frequência por parte daquelas pessoas. Aliás, a actual localização viola não só a lei, como o protocolo que na altura foi firmado com o Ministério da Cultura.
Por diversas vezes chamei a atenção para as vigas metálicas que, no interior, suportam a estrutura do edifício. São superfícies quinadas e por esse motivo perigosas, ainda mais num espaço público frequentado por pessoas de todas as idades, especialmente crianças e idosos. A solução deste problema nem sequer teria custos por aí além, bastando que essas vigas fosse revestidas de um material esponjoso adequado.
A qualidade dos artesãos e dos artistas que o concelho possui, já merecia, no mínimo, uma sala condigna para exposições. Esperemos que a actual Câmara, sempre atenta aquilo que escrevo, tome estas sugestões em linha de conta.
Mário Mendes